O fim do recesso de Carnaval
e o retorno dos parlamentares à Brasília promete movimentar a já agitada cena
política do país. Paralelamente à votação de propostas do ajuste fiscal e à
retomada do rito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, um tema
tem concentrado a atenção dos deputados federais no início do ano legislativo:
as negociações para o "mês do troca-troca" partidário, que terá
início no próximo dia 18. O Congresso Nacional, segundo informou a "Folha
de S. Paulo", marcou para essa data a promulgação de emenda à Constituição
que abre uma janela de 30 dias para que qualquer detentor de mandato eletivo
troque de legenda sem risco de ser cassado por infidelidade partidária.
Na Câmara dos Deputados as
negociações se intensificaram no início deste mês e continuarão até março,
quando se fecha a janela. Um dos principais objetivos de quem negocia sair de
sua legenda é, de acordo com a "Folha", assumir o comando da nova
sigla em seu Estado e, consequentemente, controlar uma maior fatia dos recursos
públicos do Fundo Partidário, além de tempo de televisão da propaganda
eleitoral gratuita.
Tendo distribuído R$ 868
milhões aos 35 partidos existentes em 2015, o fundo será, daqui para a frente,
a principal fonte oficial das campanhas eleitorais, já que em decisão tomada no
ano passado o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu empresas de financiarem
candidatos.
Segundo líderes de bancadas
e deputados na "Folha", as migrações vão atingir a maioria das
siglas.
Poder & Política
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