Aliado de primeira hora do
PT, o PCdoB tem deixado claro aos seus quadros que, em 2016, não terá
“priorização de aliança” com o partido do governador Rui Costa e pode, até, se
alinhar com o PSDB. De acordo com o presidente da legenda comunista, o deputado
federal Daniel Almeida, a “relação de parceiro político e de um projeto na
Bahia e no Brasil” está mantida, mas, com a perspectiva de candidaturas do
partido em cidades importantes como Salvador, Vitória da Conquista e Camaçari,
a “autonomia” da legenda mais antiga do Brasil deve pesar. “Somos partidos
diferentes, que temos aspiração e temos disputa que, às vezes, combinam e às
vezes, não”, descreveu o Almeida.
Em Camaçari, atualmente
reduto do PT no estado, o PCdoB pode ganhar o reforço do prefeito Ademar
Delgado, que deixou o PT após inúmeros desentendimentos com a direção estadual.
“O prefeito Ademar anunciou que saiu do PT. Ele hoje é um prefeito sem partido.
E, depois disso, houve um contato dele dizendo que pretende se filiar a um
partido da base e prefere o PCdoB. Estamos conversando”, informou o dirigente
do PCdoB (saiba mais aqui e aqui). A migração de Ademar pode desembocar num
embate entre ele e o deputado federal Luiz Caetano (PT), que foi seu mentor
político por muitos anos. Caetano declarou recentemente que quer “ver quem tem
voto” na cidade e espera o embate (leia aqui). Em Salvador, a pré-candidata do
partido, a deputada Alice Portugal, tem pregado que o PT mostre mais gratidão e
a apoie para o pleito contra o prefeito ACM Neto (DEM). “Nós apoiamos o PT em
Salvador nas últimas cinco eleições para prefeito e achamos que na relação
política, como pessoal, tem que ter reciprocidade. Você se relaciona melhor com
quem lhe respeita, lhe valoriza”, sugeriu Daniel. Apesar da firmeza, Daniel
Almeida garante que o partido não irá “ficar chateado” se o PT fizer outra
opção.
“Não temos cobrança com o PT
e nem vamos fazer pressão”, concluiu. Em Vitória da Conquista, no sudoeste do
estado, o PCdoB quer “apresentar um projeto renovador” e encerrar os 20 anos de
comando do PT no terceiro maior colégio eleitoral da Bahia. Para isso, de
acordo com o presidente da legenda, nem mesmo uma aliança com o PSDB está
descartada. “O PSDB, se vier nos apoiar, será bem-vindo”, resumiu.
Bahia Noticias
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