O Papa Francisco terá um
encontro histórico com o patriarca da Igreja Russa Ortodoxa, em Cuba, na
sexta-feira. Os dois irão se reunir privadamente no aeroporto de Havana por duas
horas e apresentarão uma declaração conjunta, na presença do presidente Raul
Castro. O encontro está planejado há anos e é um importante passo para a
reaproximação após uma cisão de mil anos que dividiu o cristianismo.
Segundo a agência AP, o Papa
Francisco já havia afirmado que se encontraria com o patriarca Kirill “onde ele
quisesse”. A reunião em Cuba foi anunciada na semana passada pelas duas
igrejas. As igrejas Católica Apostólica Romana e Católica Apostólica Ortodoxa
se separaram durante a Grande Cisma do Oriente, em 1504, quando os líderes das
igrejas em Roma e Constantinopla excomungaram-se mutuamente. Desde então, elas
divergem em uma série de assuntos, incluindo a supremacia do papa.
De acordo com a AP, a
violência que ameaça extinguir a presença de cristãos - católicos e ortodoxos -
no Oriente médio e na África aproximou as igrejas. Ambas têm se manifestado
contra os ataques extremistas islâmicos e a destruição de monumentos cristãos,
especialmente na Síria. Em um comunicado conjunto, as igrejas afirmam que o
encontro “irá marcar um importante estágio nas relações entre as duas igrejas”.
Cerca de dois terços dos
cristãos ortodoxos do mundo, aproximadamente 200 milhões de pessoas, pertencem
à Igreja Ortodoxa Russa. A Igreja Católica afirma ter 1,2 bilhão de fiéis.
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