Mais uma vez lembrada para
as disputas pela prefeitura de Salvador, a senadora Lídice da Mata (PSB) ainda
costura nos bastidores as condições para oficializar sua pré-candidatura. “Eu
não vou ser candidata como fui na eleição passada, com o partido sozinho, com
pouco tempo de televisão”, disse, ao explicar que o formato foi determinado
pela executiva nacional da legenda, que à época visava projeção futura do
presidenciável Eduardo Campos. Para esta nova jornada, Lídice já estabeleceu os
critérios pelos quais poderá entrar no páreo e não viver mais uma aventura sem
sucesso. “Todo político deseja governar a cidade em que nasceu politicamente.
Já tive essa experiência, muito sofrida, mas realizadora, muito gratificante.
Creio que fiz mais do que podia, pelos recursos e pela perseguição que tivemos.
Queria ter a oportunidade de fazer isso em um novo momento com gente como o
governador Rui Costa, que tem essa atitude em defesa de Salvador. Mas isso
depende das articulações”, afirmou, durante entrevista ao programa Se Liga
Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (1).
A senadora ainda avaliou a
gestão do prefeito ACM Neto. “Ele retomou a ordem de alguns serviços, esse
mérito ninguém lhe tira. Ele tá com boa popularidade, mas tem dois governos que
não o perseguiram, que não negaram nenhum tipo de ajuda. Salvador não anda com
as próprias pernas”, pontuou, referindo-se ao ex-governador Jaques Wagner e ao
governador Rui Costa.
A declaração foi rebatida
pelo secretário de Promoção Social da prefeitura, Bruno Reis, durante
participação por telefone no Se Liga Bocão. “Salvador anda com as próprias
pernas. A prefeitura já inaugurou 32 encostas, todas com recursos próprios. O
que incomoda o governo estadual e federal é que diante da crise, Salvador
continua trabalhando. Foi uma decisão acertada do prefeito entregar o metrô ao
governo do estado”, rebateu.
“Tem políticas que
ultrapassam o governo, devem ser política de estado”, contra atacou Lídice.
“Não vale alguém dizer que ‘estou fazendo como prefeito’ porque todos fizeram.
A história não começou com ele. São mais 450 anos de cidade. Imagine se o
governo retirasse os investimentos no metrô, os 40 milhões em segurança para o
Carnaval de Salvador?”, completou.
Bocão News
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