A bancada de oposição na
Assembleia Legislativa considerou a mensagem do governador Rui Costa de
abertura do ano legislativo de 2016 um repeteco do discurso de 2015, com a
reedição das promessas feitas e não cumpridas. Os parlamentares oposicionistas
avaliaram que a sociedade baiana não tem do que se orgulhar de uma gestão que
fecha o balanço do seu primeiro ano com índices negativos em áreas essenciais
como segurança, educação e saúde e com a flagrante ausência de planejamento e
de investimentos em obras estruturantes capazes de colocar, de fato, o Estado
no circuito do desenvolvimento sustentável. " Numa extensa fala de mais de duas horas o
governador patinou por ações de varejo, sem apresentar a concretização das
ações macro e relevantes para a Bahia anunciadas em seu discurso de
posse", criticou o líder da oposição, deputado Sandro Régis (DEM). Para a
oposição ao invés de avançar em conquistas e benefícios, o governo Rui Costa
priorizou e executou com maestria um "pacote de maldades" penalizando
ainda mais a população com aumento de impostos, a exemplo das taxas do Detran e do ICMS que incidiu
sobre o preço da gasolina, além de retirar dos servidores estaduais direitos
conquistados como a extinção da estabilidade, da licença prêmio e das férias
remuneradas, além do aumento da contribuição do Planserv e do reajuste salarial
parcelado e abaixo da inflação.
Segundo Sandro Régis, o que
se viu foi o governador renovar promessas de executar obras que se arrastam
desde o governo de Jaques Wagner e que continuam inacabadas ou sequer foram
iniciadas, a exemplo das 11 policlínicas que deveriam ser construídas ainda em
2015 e que até o momento nenhuma delas foi levantada. O democrata citou ainda a
contratação de obras de construção, ampliação e reformas de escolas e hospitais
em diversos municípios baianos, que estão paralisadas ou sem conclusão, como os
hospitais de Feira de Santana, Ilhéus, de Jequié, a emergência do HGE, além das
obras dos aeroporto de Ilhéus, Barreiras e o de Vitória da Conquista. "
Mais uma vez o governador Rui Costa renova factóides e a pergunta que fica é se
ouviremos esse mesmo discurso ano que vem" , ironizou o líder.
O tucano Adolfo Viana
lembrou que nenhuma sala de aula foi criada em 2015 e o governador cita em sua
mensagem as visitas que fez às escolas públicas da Bahia. " Ora, o
governador precisa entender que assim como a obra sem fé é morta, visitas sem
ações efetivas também são nulas", disparou o deputado. O vice-líder da
oposição, Pablo Barrozo (DEM), foi enfático: " A Bahia não tem o que
comemorar numa gestão que valoriza a barganha e os interesses políticos em
detrimento da eficiência, do avanço social e do planejamento técnico voltado
para as necessidades da população", disse. Sandro Régis ainda complementou
que a Bahia feliz, segura e bem administrada citada pelo governador só existe
na propaganda do PT de Dilma e Rui Costa. E ponderou: " A se repetir o que
ocorreu em 2015, os baianos amargarão mais um ano de estagnação, obras
paralisadas, desemprego e insegurança".
Ascom Liderança da Oposição
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