A bancada de oposição na
Assembleia Legislativa já avisou que não votará a favor do Projeto de Lei que
altera normas do Planserv da forma como foi proposto pelo Executivo e cujo
parecer do relator Euclides Fernandes (PDT), foi aprovado em comissão conjunta
na Alba, na manhã desta quarta-feira, 14, com voto contrário da oposição. As
quatro emendas apresentadas pela bancada de oposição - todas com contribuições
que buscam assegurar direitos adquiridos dos servidores estaduais que usam o
Plano de Saúde - não foram incluídas no parecer do relator, mas tiveram boa
receptividade do secretário de Administração do Estado, Edelvino Góes, que se
reuniu com os oposicionistas na segunda-feira e prometeu analisar cada uma
delas. Durante a sessão conjunta desta terça-feira, onde a matéria foi
debatida, os oposicionista advertiram
que o projeto do Executivo retira benefícios dos servidores e foi elaborado com
a preocupação maior de aumentar a arrecadação e reduzir o aporte do governo ao
Planserv. Os parlamentares não pouparam críticas à proposta que limita em 5
anos o tempo para o servidor titular aderir ao plano de saúde, além da que
reduz a manutenção da idade limite dos dependentes de 35 para 24 anos e a que
aumenta a contribuição para os cônjuges dos beneficiários. O líder da oposição,
Sandro Régis (DEM), disse que o projeto não atende aos servidores e adiantou
que haverá obstrução caso as sugestões da bancada não sejam acatadas. "A
carteira de vida do Planserv é o servidor público estadual, portanto, as
modificações no plano devem encontrar o equilíbrio que dê conforto ao Estado
sem implicar em prejuízos para o beneficiário", ponderou, lembrando que as
sugestões da oposição não têm caráter político e nem intenção de inviabilizar o
projeto, mas sim de aprimorá-lo.
Para o deputado Pablo
Barrozo (DEM) ao reduzir a contribuição
ao Planserv de 5% para 4% da folha dos beneficiários, o governo mostra que quer
tirar dos ombros a responsabilidade com o plano de saúde do funcionalismo.
Segundo os cálculos da oposição, isso significa uma redução de 20% dos recursos
alocados." Hoje o aporte do governo ao Planserv é de cerca de R$ 400
milhões, mas dessa participação o projeto prevê uma redução de R$ 80
milhões", criticou Barrozo. O deputado Luciano Ribeiro chamou a atenção
para a "enxurrada" de ações judiciais que serão geradas quando os
beneficiários constatarem que o projeto que altera o Plano feriu direitos
adquiridos dos servidores. Já o deputado Alan Sanches, agora na oposição, disse
que junto com a Liderança da Minoria encaminhará ofícios aos sindicatos
representantes dos servidores estaduais indagando se têm conhecimento das
alterações que serão votadas na Alba.Ele calcula que pelo menos 60 mil pessoas
ficarão sem assistência caso o governo mantenha a redução de 35 para 24 anos a
idade limite dos dependentes.
Comunicação Liderança da
Oposição
Nenhum comentário:
Postar um comentário