Um dia após o ministro
Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, anunciar a
criação do ‘’Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e da
Previdência Social’’, a Força Sindical foi surpreendida com a notícia de que o
governo vai estabelecer novas regras para as aposentadorias por invalidez e
para o auxílio-doença.
A alteração implica, segundo
a central, no aumento do período de carência exigido como contribuição mínima
para que o trabalhador possa receber o benefício por invalidez, passando de 12
para 24 meses. Outra medida contestada é uma reforma nas regras previdenciárias
para evitar casos crescentes de beneficiários que recebem o auxílio-doença.
Para o presidente da Força
Sindical, Miguel Torres, o discurso do governo é, na teoria, ‘’maravilhoso, mas
não condiz com a realidade’’. ‘’Como confiar no processo de diálogo defendido
pelo ministro, se com o governo diálogo é palavra que não existe?’’.
Na próxima quarta-feira,
data da instalação do fórum, em Brasília, o Planalto deve apresentar às
centrais sindicais essas outras propostas que visam reduzir as despesas anuais,
como parte do ajuste fiscal para ajustar as contas públicas. A Força denomina
essas alterações como ‘’pacote de maldades’’. No pais há quatro milhões de
aposentados por invalidez, o que corresponde a um gasto de R$ 40 bilhões por
ano. ‘’De antemão informamos que repudiamos veementemente propostas como estas,
que buscam, somente, fazer com que o governo reduza suas despesas com a
retirada, de forma sumária, dos direitos dos segurados. Justamente daqueles que
mais têm necessidade de recursos’’, afirmou Miguel. Se as medidas realmente
forem implementadas, a Força ameaça não participar do fórum de debates.
Ascom Força Sindical
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