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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Parlamentarismo ganha força no Congresso - Parte ll



A PEC de Eduardo Jorge prevê que o presidente será escolhido pelo voto popular 90 dias antes do encerramento de seu mandato. Caso nenhum dos candidatos alcance a maioria dos votos válidos, os dois mais votados serão submetidos a um segundo turno. Para tomar posse, o presidente terá de se desfiliar de partido político para cumprir o mandato, de cinco anos.
Caberá ao presidente, após consultar os partidos políticos que compõem a maioria da Câmara, nomear o primeiro-ministro e, por indicação deste, nomear o ministério. O novo primeiro-ministro terá dez dias para apresentar seu programa de governo.
O parlamentarismo já foi rejeitado no Brasil em plebiscito realizado em 1993. No entanto, os defensores da proposta acreditam que o novo sistema político pode sim ser instituído por meio de PEC, sem a necessidade de nova consulta popular. A PEC do Eduardo Jorge prevê a substituição de vários artigos constitucionais para adaptar o atual sistema presidencialista ao parlamentarista.
“Vivemos uma crise do presidencialismo, porque mesmo com a perda da condição política, você não pode refazer o pleito, só na próxima eleição você pode rever a decisão. No parlamentarismo, em certas circunstâncias especiais, você pode dissolver até mesmo o Congresso e realizar novas eleições”, disse Eduardo Cunha na semana passada.
Cunha é considerado hoje, tanto por aliados quanto por adversários, como um dos principais beneficiários do novo modelo. Embora seja o peemedebista mais poderoso da República no momento, ele corre por fora na disputa interna pela vaga de presidenciável do PMDB em 2018. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), é apontado como favorito para ser o nome do partido na sucessão de Dilma. Com o poder que exerce sobre uma bancada mais numerosa do que a do próprio PMDB, Eduardo Cunha chegaria como nome forte para chefiar o governo.

Poder & Politica


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