A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na noite de ontem (6)
com ministros, presidentes e líderes dos partidos políticos da base aliada do
governo no Congresso Nacional, quando foram apresentadas aos participantes as
justificativas que serão dadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as
contas do governo em 2014. Após a reunião no Palácio da Alvorada, o presidente
nacional do PT, Rui Falcão, disse que os ministros do Planejamento, Nelson
Barbosa, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, fizeram a
apresentação das razões do governo sobre as contas. Também estavam presentes o
vice-presidente Michel Temer e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio
Mercadante. “Ficou claro que há muito embasamento técnico e jurídico e estamos
seguros de que o TCU vai aceitar as explicações.
Não há nenhuma razão para as contas serem rejeitadas. Essas
explicações serão apresentadas no dia 21 [de julho] ao TCU”, afirmou Falcão. No
dia 17 de junho, em decisão inédita e unânime, o TCU adiou por 30 dias o
julgamento das contas de 2014 do governo federal, a pedido do relator, ministro
Augusto Nardes. O prazo dado pelo TCU é para que a presidenta e sua equipe
esclareçam, por escrito ou pessoalmente, indícios apontados pelo tribunal de
que teriam descumprido as leis de Responsabilidade Fiscal e Orçamentária Anual.
Falcão informou que os presidentes dos partidos aliados vão se reunir com o
vice-presidente Michel Temer hoje (7) para apresentar solidariedade ao
peemedebista e à presidenta. Ele afirmou não se tratar de uma resposta aos
líderes oposicionistas, que têm falado em pedido de impeachment.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), durante
convenção do partido, domingo (5), disse que o governo Dilma “pode ser mais
breve do que alguns imaginam”.
Ana Cristina Campos, Agência Brasil
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