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sábado, 6 de junho de 2015

Brincadeiras do passado e alimentos naturais podem combater obesidade infantil




Além das causas genéticas e do ganho excessivo de peso durante a gestação – este último comprovadamente associado à obesidade infantil – uma soma de hábitos aparentemente inofensivos, que envolvem pais e filhos durante a infância, podem ser determinantes para a doença [obesidade] atingir os pequenos. A exposição excessiva aos equipamentos tecnológicos, agenda lotada e pouco tempo de descanso, além de pais que compensam a ausência com passeios e ofertas de alimentos calóricos são alguns dos motivos que levam ao desenvolvimento do problema na garotada.
“A obesidade pode ser detectada em crianças já a partir de um ano de idade, mas antes disso são casos raros. O mais comum é durante a fase escolar. Por isso, entre outros erros, um deles é abandonar o atendimento pediátrico, o que acontece geralmente quando a criança atinge os 2 anos”, declara Thiago Gara, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (unidade Anália Franco), em São Paulo. “Nessas consultas, os médicos especialistas calculam o IMC (Índice de Massa Corporal) para saber se peso e estatura dos filhos estão de acordo com a idade”, detalha ele.
O consumo desmedido de alimentos calóricos também é um dos fatores que ajudam no aumento de peso. “Os industrializados, ricos em gorduras e açúcares - como macarrão instantâneo, sucos adocicados, refrigerantes, achocolatados, salgadinhos e biscoitos recheados - podem ser grandes vilões”, enumera Louise Cominato, endocrinologista pediátrica do Instituto da Criança do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). “Além disso, alguns alimentos, mesmo os saudáveis, como arroz, feijão e carne, se oferecidos em excesso, propiciam a obesidade infantil”, observa a especialista.
Mas nem sempre os alertas estão relacionados ao aumento das medidas. Até porque, ser magro na infância e comer de forma errada nessa fase também potencializa a chance de obesidade na fase adulta, reforça Thiago. “A obesidade pode, sim, surgir no futuro. Além disso, muitas vezes, a criança não é gorda, mas tem colesterol alterado, gastrite e esofagite, quadros estes que acontecem cada vez mais cedo e estão ligados a má alimentação”, alerta o médico.
“E são raros os casos de obesos que emagrecem com o chamado "estirão". A maioria ganha mais peso, principalmente as meninas. Quanto mais cedo se iniciar um tratamento, maelhor será o  resultado”, complementa Louise.


Fonte msn

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