O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), por outro lado,
disse que o voto majoritário fortalece o personalismo e vai piorar a política.
"Aprovar esse sistema majoritário individualista, que mata a ideia de
solidariedade
partidária, é colocar no alto do trono da política brasileira
o cada um por si, a campanha rica, o partido como um mero carimbador",
criticou.
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), defendeu a
aprovação do sistema de distritão. Para ele, o eleitor não compreende o sistema
proporcional e, por isso, ele gera tantas distorções. "Nosso próximo voto
vai decidir se teremos a coragem de mudar, de buscar um novo caminho, ou vamos
deixar tudo como está", disse.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), avaliou que o
sistema atual chegou à falência com a pulverização dos parlamentares. Para ele,
o distritão pode ser a solução. "Este Parlamento, do ponto de vista
partidário, está uma verdadeira zorra, são 28 partidos com assento, recorde
mundial", disse. Hoje, segundo ele, os aspirantes a candidato já buscam
partidos não pela ideologia, mas pela facilidade de se eleger. "Esse é o
mundo real, não adianta aula de cientista político", ressaltou.
O sistema também foi defendido pelo deputado Miro Teixeira
(Pros-RJ), que rebateu as críticas de que o modelo diminui a importância dos
partidos e valoriza as individualidades. "Sejamos individualidades, nós
representamos o povo, não temos de ser usados como cabos eleitorais de luxo ou
para cumprir ordens dos donos da política", avaliou.
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que o novo
sistema será o "paraíso das campanhas milionárias". "Vamos votar
contra o distritão, pela pluralidade", disse.
escreve Poder & Politica
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