Depois da repercussão nacional da mãe que teve os seis filhos
adotados sem o seu consentimento em Monte Santo, o SBT Brasil mostrou em uma reportagem
na última segunda-feira (25) onde a mãe, Silvânia Maria da Silva, afirmou estar
arrependida por ter entrado na justiça para brigar pela guarda dos seis filhos.
Segundo Silvânia, as crianças são sustentadas pelo bolsa
família e passam muita necessidade. Apenas dois dos seis filhos moram com ela,
por falta de recursos financeiros e o restante mora com o pai biológico,
Gerôncio de Brito Souza.
De acordo com a reportagem do SBT Brasil, Gerôncio tem uma
extensa ficha criminal; extorsão, atentado violento ao pudor, assaltos a mão
armada e tentativa de estupro.
“Se eu soubesse que os meus filhos estavam bem, não teria
feito isso. Estou arrependida, se eu voltasse novamente ao tempo não agiria
assim. Muitas vezes meus filhos que moram com o pai, vão para escola sem se
alimentar e ainda ficam sozinhos”, afirmou Silvânia em rede nacional.
A adoção aconteceu quando uma promotora de justiça substituta
pediu que os irmãos fossem retirados da casa dos pais e levados a um abrigo,
devido as condições precárias que os seis estavam vivendo. Assim o juiz da
época concedeu uma guarda provisória a famílias inscritas no cadastro nacional
de adoção. As crianças viveram cerca de um ano e sete meses em lares
provisórios. No ano seguinte a mãe biológica procurou um advogado e deu entrada
no processo solicitando a guarda dos filhos. Após seis meses, o juiz Luiz
Roberto Cappio determinou a volta das crianças para Monte Santo.
Porém, de acordo com site Correio Popular, a decisão foi
anulada hoje (26) por unanimidade no Tribunal de Justiça da Bahia. As quatro
mães adotivas e o Ministério Público (MP) baiano pediram a anulação da sentença
sob a alegação de que Cappio foi parcial ao julgar o caso.
Com a decisão, toda a instrução do processo será refeita e o
caso será julgado novamente.
Da redação CN
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