O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, classificou de
“justo” o atual preço dos combustíveis no Brasil. Segundo ele, os valores
praticados estão dentro da média do mercado mundial, com exceção dos Estados
Unidos, e são praticados conforme os custos e margens operacionais da
companhia. Bendine participa desde 10h30 de audiência pública em conjunto das
comissões de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos. Ele dá explicações aos
senadores sobre a atual situação econômica da petrolífera.
O executivo explicou que os americanos operam num quadro
volátil, com preços mudando constantemente nas bombas, o que não acontece no
Brasil, que adota um modelo mais estável.
“Nossa gasolina não é tão mais cara, quando se compara em
unidades de dólar, ao do mercado em geral, como o europeu [...] Hoje estamos
numa condição justa de colocação de preços de derivados e não temos perspectiva
de volatilidade em relação a isso”. afirmou.
Aldemir Bendine reconheceu que atualmente a Petrobras
trabalha com nível de endividamento acima do ideal. São R$ 351 bilhões de
dívida bruta. Para quitar seus compromissos, informou, a companhia precisaria
operar por cinco anos. A direção quer baixar este período para 2,5 anos. Parte
do prejuízo de R$ 21 bilhões anunciado pela companhia, segundo Bendine, foi
causado pela desvalorização cambial e pela queda no preço do barril de
petróleo. Ele lembrou que o barril chegou a US$ 114 em meados de 2014, caindo
para menos de US$ 50 no fim do ano. Para 2015, a empresa trabalha com o barril
na casa dos US$ 70 e com o dólar a R$ 3,30.
O presidente da estatal informou ainda que a atual diretoria
assumiu em 9 de fevereiro e, desde então, vem trabalhando dar credibilidade à
companhia. Os próximos desafios, segundo ele, são a elaboração do novo
planejamento estratégico, que deve estar concluído nos próximos 40 dias, e a
reorganização administrativa da empresa, baseada numa nova governança.
Congresso em Foco
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