A presidente Dilma Rousseff foi vaiada e alvo de gritos como
“pega ladrão!” e “fora, fora, fora!” antes mesmo de chegar para a abertura do
21º Salão Internacional da Construção, nesta terça-feira no pavilhão do
Anhembi, em São Paulo. A visita de Dilma ao salão estava marcada para começar
às 10h. Mas, por volta deste horário, mesmo com a presidente sem ainda chegar,
ela começou a ser vaiada por um grupo que avistou os jornalistas e, assim,
concluiu que a presidente já estava no local. O grupo era formado por pessoas
que trabalhavam no evento, já que ele não estava ainda aberto ao público.
Jailton Assis, de 37 anos, que faz “trampo de pintor por
estar desempregado” era um dos que vaiaram Dilma, “acreditando que ela já
estava” no Anhembi.
- Ela falou bonito antes das eleições. Mas deixou a desejar,
enganou a gente, fez um monte de promessas que não cumpriu. O Brasil voltou a
regredir - declarou o pintor.
O local foi inspecionado pela assessoria de Dilma, que propôs
um caminho alternativo para que ela chegasse ao pavilhão sem passar pelas
vaias. Mas não adiantou. Quando ela chegou, por volta das 11h, foi vaiada por
todos os pontos por onde passou, com sonoros gritos de “Fora, fora, fora!”. As
vaias duraram cerca de cinco minutos, e a presidente não reagiu a elas. Na
quinta, informou a Secretaria de Imprensa, a presidente irá ao Rio de Janeiro.
Dilma retornou a Brasília no início da tarde. O encontro que
ela teria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira em
São Paulo foi transferido para a capital federal. Na segunda-feira, Lula se
reuniu com centrais sindicais, integrantes do MST, da OAB, da CNBB e da UNE
para, segundo a assessoria do Instituto Lula, discutir a reforma política. Mas
os protestos em defesa da Petrobras - marcados para a próxima sexta-feira em
várias cidades do país - também entraram na pauta.
Poder & Politica
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