Uma multidão foi neste domingo, 15, às ruas para protestar
contra a presidente Dilma Rousseff, dois meses e meio após ela dar início ao
segundo mandato numa acirrada disputa com o PSDB, principal adversário político
do PT. Os manifestantes pediram o fim da corrupção, reclamaram da situação
econômica e defenderam o impeachment da presidente. Uma minoria falou em
intervenção militar. O antipetismo foi a marca comum entre todos os grupos que
decidiram protestar.
Segundo o instituto Datafolha, essa foi a maior manifestação
política registrada no Brasil desde o movimento das Diretas-Já, em 1984. Em São
Paulo, a Avenida Paulista foi praticamente toda tomada. Grupos organizados
discursaram de carros de som para um público predominantemente vestido de verde
e amarelo. Políticos de oposição até participaram dos protestos, mas preferiram
ficar à margem, sem comandar palavras de ordem. Aécio Neves (PSDB) e Marina
Silva (PSB), principais adversários de Dilma em 2014, comemoraram a mobilização
via rede social.
O governo foi surpreendido com a quantidade de gente que foi
às ruas. Dilma chegou a afirmar a auxiliares que as manifestações deixam a
situação política “mais complicada” do que em junho de 2013, quando uma série
de protestos derrubaram a popularidade da presidente. Para dar uma resposta
formal aos atos de ontem, Dilma escalou dois ministros para falar com a
imprensa. Enquanto seus discursos eram transmitidos por programas de TV, várias
capitais voltaram a repetir o panelaço de domingo da semana passada.
'2 milhões'. Os protestos contra o governo Dilma Rousseff ao
longo do domingo foram realizados em todos os 26 Estados e no Distrito Federal.
Houve manifestações em repúdio à gestão petista nas capitais
e em, ao menos, 185 cidades do País. Atos, bem mais tímidos, também foram
realizados em Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires.
Escreve Poder & Politica
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