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quarta-feira, 11 de março de 2015

Centrais sindicais e empresas unem-se contra MPs



Representantes de cinco centrais sindicais e mais de cem lideranças empresariais decidiram ontem aliar-se contra as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso a pensões e seguro-desemprego, e 669, que reduz a desoneração da folha de pagamentos ao setor produtivo. Em reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp) estiveram presentes líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), além de outros 130 representantes empresariais, incluindo Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
A decisão de apoio recíproco entre as entidades trabalhistas e empresariais contra as medidas provisórias foi aprovada por unanimidade pelos presentes, afirma Canindé Pegado, secretário-geral da UGT. Segundo ele, a agenda de ações ainda não foi definida, mas já há indicativo de uma nova reunião na próxima semana.
“Essa unidade é importante. Não existe empresa sem trabalhador e vice-versa”, diz Miguel Torres, à frente da Força Sindical. Outras agendas em comum, segundo o sindicalista, serão discutidas através de um comitê conjunto, que também terá a função de propor sugestões para recuperar a economia.
No encontro, que durou cerca de duas horas, foi colocada ainda como consenso entre os presentes a necessidade de frear o aumento da carga tributária, a alta dos juros e as despesas do governo. Através de sua assessoria de imprensa, a Fiesp confirmou a união com as centrais contra as medidas e a criação do comitê de ação permanente. A MP 669 aumentaria as alíquotas de contribuição previdenciária sobre receita bruta para 56 setores produtivos. Para parte das empresas, o percentual aumentaria 1% para 2,5%; para outras, de 2% para 4,5%. Nesta terça-feira, entretanto, a medida foi devolvida ao governo federal pelo Senado, que declarou que ela seria inconstitucional.
As medidas 664 e 665, que aumentam o período de carência para o pedido de pensões e do seguro-desemprego, devem ser votadas até o dia 2 de abril.


Ascom Força Sindical


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