O Banco Central prevê retração da economia neste ano de 0,5%.
A informação foi dada no relatório trimestral de inflação, publicado na manhã
desta quinta-feira. No documento, a autoridade monetária também revisou a
projeção para a inflação oficial (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA)
de 6% para 7,9% em 2015.
Assim, a autarquia revela que tem previsões mais próximas da
realidade. Os analistas do mercado financeiro apostam em retração de 0,83%
neste ano. E esperam que o IPCA fiquem em 8,12%. Nos últimos 12 meses, por
exemplo, o índice está em nada menos que 7,7%.
A meta do que o BC deveria alcançar é deixar a inflação em
4,5%. No entanto, há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais. Nos
últimos anos, o IPCA esteve acomodado nesse intervalo. Agora, promete estourar
o teto de 6,5%. Se isso ocorrer, o presidente do BC tem de mandar uma carta
pública ao ministro da Fazenda para explicar os motivos da sua falha na missão.
Desde setembro do ano passado, o BC passou a admitir que não
conseguirá conduzir a inflação para a meta em 2015. E isso só ocorrerá nos
primeiros trimestres de 2016. A avaliação interna é deixar todos os grandes
impactos - como o aumento das tarifas públicas — ocorrerem agora para então
tentar a resgatar a credibilidade no ano que vem.
Para isso, o Banco Central estaria disposto a aumentar ainda
mais a taxa básica (Selic), que já está em 12,75% ao ano. Desde que voltou a
apertar a política monetária logo após as eleições, os juros básicos subiram
1,75 ponto percentual. É assim que o BC tenta controlar a inflação, torna o
custo do dinheiro mais caro para desestimular o consumo e evitar uma alta de
preços na economia.
Ascom Força Sindical
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