"O secretário da Fazenda precisa decidir se a saúde
financeira do governo está equilibrada e vai muito bem, ou se vai mal a ponto
de não poder conceder o justo e legítimo reajuste do funcionalismo público que
deveria ter sido efetivado em janeiro". O questionamento é do líder de
Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Sandro Régis (DEM), que mostrou-se
frustrado no encerramento da apresentação do balanço do terceiro quadrimestre da
gestão de Jaques Wagner, feita pelo secretário da Fazenda, Manoel Vitório,
nesta terça-feira, 10, no Plenarinho da Alba. "O secretário tangenciou e
não respondeu nenhum dos questionamentos feitos pelos parlamentares da bancada
de Oposição", disse o democrata, acrescentando que, no mínimo, o gestor
foi contraditório ao afirmar que o perfil financeiro do estado é privilegiado e
um dos melhores do país, ao mesmo tempo que, quando questionando sobre o
reajuste dos servidores, alegar severas
dificuldades financeiras, justificar que a situação é muito difícil e até
sinalizar que não seria esse o melhor momento para a correção dos salários do
funcionalismo.
"Não entendo como a Sefaz mostra um estado tão
fortemente consolidado financeiramente, um saldo disponível de mais de R$ 4,6
bilhões e ainda assim deixar de investir em áreas prioritárias como a saúde, a
educação e a segurança", refletiu o líder da Oposição, Sandro Régis,
durante o balanço apresentado na Alba pelo secretario da Fazenda, Manoel
Vitório. Sandro Régis também indagou ao
gestor se considerava bom negócio o governo ter antecipado recursos de
royalties ao Banco do Brasil por cerca de R$ 700 milhões, gerando um deságio -
ou seja um prejuízo - para o Estado de mais R$ 300 milhões. Segundo o deputado,
ao responder que decisões de governo são passíveis de riscos o secretário deixa
o Legislativo e a sociedade sem saber se os recursos dos royalties foram
aplicados em pagamentos dos salários dos inativos ou direcionados para outras
despesas.
O líder da oposição também quis saber do secretário da
Fazenda o porque dos recursos alocados no valor de R$ 75,6 milhões para emendas
individuais dos deputados, só foram
liberados R$ 4,9 milhões e ainda assim beneficiando exclusivamente os
deputados da base do governo. A justificativa do secretário de falta de
projetos não convenceu os parlamentares de oposição. "Se não havia
projetos como foram liberados aos deputados da base do governo valores de até
R$ 300 mil, conforme consta no relatório divulgado?", perguntou o peemedebista
Luciano Simões Filho, que também questionou o secretário porque o governo
investiu mais em publicidade do que em Educação. A oposição informou que no
período de 2011/2014, o governo aplicou R$ 488,7 milhões em educação e nada
menos que R$ 582 milhões em publicidade. "Um incremento de 70% em relação
ao período anterior (2007/2010), enquanto em educação o aumento na aplicação
foi de apenas 29%", criticou Luciano Simões,
Assessoria de Comunicação Liderança da Oposição
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