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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Suplicy encerra mandato sem ser recebido por Dilma



O primeiro senador eleito pelo PT deixará o Senado daqui a dois dias, após 24 anos de mandato, com a frustração de não ter sido recebido sequer uma vez pela presidente Dilma, sua companheira de partido. Há um ano e meio, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aguarda ser chamado pela presidente. O pedido foi reiterado pessoalmente em dezembro, quando ele a cumprimentou durante a sua cerimônia de diplomação. Na última terça (27), Suplicy enviou uma carta a Dilma em que questiona se alguém do Palácio do Planalto quer impedir o encontro entre os dois. Novo e-mail foi encaminhado hoje (quinta, 29) ao gabinete de Dilma com o mesmo propósito. Nenhum retorno até o momento.
Prestes a assumir a Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Suplicy disse ao Congresso em Foco que não perdeu as esperanças – mesmo diante do fato de que seu mandato chega ao fim, na prática, amanhã (sexta, 30), e ele ainda terá compromissos acadêmicos no Nordeste (os novos senadores assumem no próximo domingo, 1º de fevereiro). O senador viajou para fazer palestras na Universidade Federal do Maranhão, mas ressalta que voa imediatamente para Brasília se Dilma chamá-lo para uma audiência.
“Se for da conveniência dela me receber no sábado, ou ao final da manhã ou de tarde, então pedi para me avisarem de hoje [quinta, 29] para amanhã. Eu gostaria muito, para que ela possa cumprir o que me disse”, declarou Suplicy à reportagem, por telefone, informando data e horário de voos que, ao primeiro sinal de Dilma, seriam alterados para permitir o encontro. “Eu disse a ela que há 24 anos sou senador do PT pelo estado de São Paulo, que ela sabe o quanto eu a tenho apoiado em praticamente todas as pautas discutidas, e sempre votado de acordo com o governo. E que seria justo que ela pudesse me receber. Estou nessa expectativa.”


Congresso em Foco

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