Vivendo no aconchego oficial nos últimos 12 anos, as
entidades sindicais vão ter grande dificuldade para comandar, como se anuncia,
uma greve geral no país contra medidas tomadas pelo novo governo Dilma Rousseff
que atingem direitos dos trabalhadores.
Certamente não conseguirão a mobilização preliminar
necessária. Tal é a acomodação em que se mantiveram que talvez lhes faltasse
capacidade de ação até se o presidente eleito tivesse sido Aécio Neves e ele
iniciasse o governo de forma semelhante.
Uma greve geral é um processo de consciência coletiva que tem
de eclodir a partir de uma base solidamente construída por contínua luta de
derrotas e vitórias, até que as categorias profissionais adquiram o
amadurecimento e a unidade que possam levá-las a atos consequentes.
Aboletados no poder, a maioria dos sindicatos festejaram os
avanços conquistados com Lula e Dilma, mas se fixaram na questão classista,
abstendo-se da crítica aos métodos políticos e administrativos dos governos.
Como os pelegos que tanto denunciaram no sindicalismo
brasileiro pré-1964, amaciaram seu papel, passando ao largo do escândalo do
mensalão e não lhes dizendo respeito, também, a corrupção na Petrobras.
Precisarão fazer uma revisão de práticas e compromissos.
Por Escrito
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