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sábado, 31 de janeiro de 2015

Eliana Calmon: A política nacional de Saúde é um equívoco



Palestrante no Fórum Nacional da Ordem dos Médicos do Brasil, que acontece no Hotel Portobelo, em Salvador, durante esta sexta-feira (30) e  sábado (31) visando discutir o atual momento da Saúde no Estado, a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça,  Eliana Calmon, candidata derrotada ao Senado pelo PSB, conversou com este Política Livre e comentou sobre o atual cenário da Saúde pública na Bahia e nacional. “Palestrei pontuando alguns aspectos teóricos e práticos sobre o quadro atual. A Saúde na Bahia está em uma situação difícil, mas não na Bahia isoladamente.
A política nacional de Saúde é um equívoco. As secretarias de Saúde se transformaram em corretoras, onde existe uma total irresponsabilidade por parte delas. Os médicos estão sendo terceirizados e isso é realmente uma questão que precisa ser revista. O Sistema SUS [Sistema Único de Saúde] também precisa ser revisto e é isso que nós estamos argumentando, pois está levando um verdadeiro caos à Saúde não somente na Bahia. O problema é federal. É a política de Saúde que me parece equivocada”, disse Calmon.
Ainda segundo Eliana, a forma que se tenta solucionar os problemas de gestão na Saúde pública também é equivocado, “Nós temos que rever, pois estamos pegando aspectos pontuais para resolver. É preciso reestudar o sistema SUS. A gente pega uma entidade que está com dificuldade e tentamos remendar. O que precisamos é rever todo o aspecto de prestação de serviço porque esse sistema não está dando certo. Hospitais estão sendo fechado, nós temos deficiências de médicos e os próprios planos de saúde também já não cumprem o seu papel, de forma que em termos de Saúde pública no Brasil tudo está falho. Isto é o que vejo como cidadã”, analisou a jurista.
Eliana Calmon também aproveitou para criticar a Central de Regulação da Saúde, sistema que vem sendo alvo de criticas também pela oposição do atual governo. “Eles entendem que a regulação é um sistema excelente, mas seria se nós tivéssemos vagas suficientes para atender os pacientes. Como nós não temos leitos e profissionais suficientes nós ficamos em dificuldades”, concluiu.



Escreve André Reis PL

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