A coluna de Samuel Celestino do dia (13/01) em A Tarde e no
Bahia Notícias me decepcionou. Não que eu exija sempre o mesmo brilhantismo na
análise dos fatos, com o qual sempre aprendo muito a respeito de política.
Infelizmente o texto teve o nítido propósito de desqualificar
Marta Suplicy em decorrência da denúncia que expôs a respeito das
irregularidades na gestão de Juca Ferreira à frente do Ministério da Cultura.
Expressões como “perder o norte”, “agressividade”, “saiu
atirando”, “nunca foi uma pessoa de fácil trato”, “trata-se de uma política
complicada que parece se colocar acima do bem e do mal”, “sua pretensão é gerar
uma diáspora”, “não terá o mesmo destaque em outra legenda” e “não seria
aceita” não são o que interessa ao leitor baiano. O que queremos saber são
detalhes sobre os graves fatos que envolvem o político baiano e sua análise.
O pior de tudo, na sanha desqualificadora da senadora, é
dizer que ”Embora sexóloga, talvez necessite de um tratamento”. Frase machista
e desrespeitosa, que, espero, encontre reação das defensoras dos direitos das
mulheres.
Ao dizer que “embora, neste caso, trabalhe com verdades” (em
relação à divergência entre Lula e Dilma), induz o leitor a com siderar
mentirosos os documentos que estão no TCU e que responsabilizam Juca Ferreira.
Não diz, porém, por que ressalva que a verdade estaria somente “neste caso”.
O jornalista Samuel Celestino andou mal no seu texto de hoje,
talvez por bondade mal direcionada. Que precisa de proteção não é Juca Ferreira,
mas a população que não aguenta mais ver tanta corrupção.
Eu gostaria de ver sua análise aprofundada sobre as
denúncias. Especialmente por que o acusado se recusou a se pronunciar, e essa
postura sempre lhe causa indignação.
Por Dr. Waldir Santos
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