Uma das empresas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
(PT), condenado no julgamento do mensalão por corrupção, fechou contrato de 900
mil reais com a construtora Camargo Corrêa. Entre maio de 2010 e fevereiro de
2011, o petista recebeu 886,5 mil reais líquidos da empreiteira, investigada na
Operação Lava Jato por suspeita de participar de um cartel dedicado a fraudar
licitações da Petrobras e de pagar propina a executivos da estatal e políticos.
As obras da Camargo Corrêa em Abreu e Lima foram o primeiro
duto de corrupção descoberto na Operação Lava Jato. De acordo com o Ministério
Público, os serviços foram superfaturados em 613 milhões de reais e pelo menos
32 milhões de reais destes gastos excessivos foram desviados para uma das
empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, a MO consultoria. Youssef e o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa tiveram a
condenação requisitada pelo Ministério Público Federal por operações de lavagem
de dinheiro desviado da refinaria.
No período em que o contrato com a Camargo Corrêa foi
assinado, Dirceu estava fora do governo, já era réu no processo do mensalão,
mas ainda exercia influência na Petrobras. Atualmente cumpre pena de sete anos
e 11 meses de prisão domiciliar em Brasília.
Informações: revista Veja
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