Aprovado em um concurso do
governo da Bahia, o filho do ex-secretário de Saúde do Estado e deputado
federal eleito pelo PT, Jorge Solla, atuará como médico no Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Até aí tudo bem, já que Davi Jorge
Fountoura Solla, 29, formou-se em medicina, igual ao pai. O problema é que o
jovem entrou pelas cotas reservadas aos profissionais afrodescendentes.
Reportagem do Metro 1 mostra que um médico que participou do mesmo processo
seletivo fez o seguinte questionamento, em contato com à Rádio Metrópole:
“Desde quando o filho de Jorge Solla é negro, hein? A mãe não é negra, o pai
não é negro… Além do mais, um menino que estudou nos melhores colégios, faculdades,
teve tudo e tentou se garantir pelas cotas achando que tinha mais chance?”,
disse o ouvinte, revoltado, que preferiu não se identificar. A boa notícia é
que médico não pilota ambulância do SAMU. Em outubro de 2011, Davi Solla
voltava de uma formatura no início da manhã de uma sexta-feira com oito pessoas
dentro de um veículo quando o condutor perdeu o controle do carro, subiu no
calçadão da orla do Porto da Barra e atropelou um pedestre que fazia cooper. Na
época, a vítima, o advogado Marcos Tanajaura sofreu ferimentos e precisou ser
levado a um hospital de Salvador. David Solla se recusou a fazer o teste do
bafômetro e teve sua carteira de habilitação apreendida.
Em agosto deste ano, o
governador Jaques Wagner (PT) sancionou a lei que regulamenta a reserva de 30%
de vagas à população negra nos concursos públicos estaduais. A nova lei
determina que a reserva de vagas será aplicada sempre que o número de vagas
oferecidas no concurso público ou no processo seletivo simplificado for igual
ou superior a três.
Escreve Grupo Metro
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