Uma médica cubana abandonou
o serviço em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em São Vicente, no litoral de
São Paulo. Segundo amigos da cubana ouvidos pela reportagem do G1, ela estaria
morando nos Estados Unidos após ter planejado, com bastante antecedência, a
fuga do Brasil. Yaumara Perez Garriga, de 30 anos, é natural da cidade Las
Martinas, em Cuba. Ela chegou a São Vicente em novembro do ano passado com
outros três profissionais cubanos do Programa ‘Mais Médicos’, do Governo
Federal. Na chegada, ela se mostrou otimista. “Nosso trabalho é que vai falar
por nós”, disse ela, na época. Yaumara foi direcionada para trabalhar na UBS
Parque São Vicente.
Yaumara abandonou o serviço
na semana passada, quando realizou os últimos atendimentos médicos dentro da
UBS. Segundo os amigos dela, a médica cubana tinha um temperamento tranquilo e
era conhecida como ‘bonequinha’ por algumas pessoas dentro do hospital. Os
amigos contam que ela planejou se mudar para Miami e, assim que chegou aos
Estados Unidos, conversou com alguns conhecidos por meio das redes sociais,
afirmando que tudo teria ocorrido como o planejado inicialmente. O G1 entrou em
contato com a UBS ParqueSão Vicente, na manhã desta quarta-feira (24), à
procura da médica. Um funcionário havia sido orientado a informar que Yaumara,
na verdade, estava afastada do trabalho e que não tinha previsão de retorno.
Já a Secretaria da Saúde de
São Vicente informou ao G1, por meio de nota, que a médica cubana Yaumara Perez
Garriga não compareceu ao serviço na segunda-feira (22) alegando ter uma
consulta médica em São Paulo. Na terça-feira (23), a médica também não
compareceu ao serviço. A Sesau entrou em contato com o Ministério da Saúde e
informou sobre a falta. Segundo o Ministério da Saúde, a médica só pode ser
notificada após 48 horas de ausência injustificada. A Sesau informa ainda que
já pediu ao Ministério da Saúde a reposição da profissional.
Em fevereiro desse ano, o
ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que 24 cubanos já haviam deixado o
programa ‘Mais Médicos’ e que outros três estavam desaparecidos. Na época, o
ministro considerou que o número era insignificante, frente ao universo de
9.549 médicos participantes do programa no país, dos quais cerca de 7.400
vindos de Cuba.
Com informações do G1.com
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