Mais uma modalidade de uso
questionável de recursos públicos está em curso na Câmara, desta vez por meio
de TV por assinatura. Ao menos três deputados aproveitaram as benesses da Cota
para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), que garante fornecimento de
produtos e serviços necessários ao exercício do mandato, para contratar pacotes
especiais de televisão fechada. São mais de cem canais à disposição, dezenas
deles em alta definição, com instalações nos gabinetes e até nas casas dos
parlamentares. É de se imaginar que o interesse das excelências seja por
notícias ou programas culturais. Mas há campeonatos de futebol e até canal
pornô no conteúdo pago com o dinheiro do contribuinte. O Congresso em Foco teve
acesso às faturas de TV fechada de três deputados: Flaviano Melo (PMDB-AC),
José Airton (PT-CE) e Renato Molling (PP-RS). Eles contrataram pacotes
especiais e ainda aderiram às ofertas das operadoras, que preveem até a
abertura do sinal dos chamados “canais adultos”. Houve também compra de filmes
e campeonatos de futebol no sistema pay-per-view (pague para ver, em tradução
livre). Obviamente, com mais custos para o contribuinte, que é quem de fato
paga a conta.
Escreve Congresso em Foco
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