O câncer de mama tem sido
bastante visado pelos vários tipos de mídia e, a cada dia, o público em geral
torna-se mais consciente das dramáticas dimensões deste problema. Entretanto,
estar consciente implica em não somente saber da existência, mas em adquirir
hábitos que reflitam na prática as informações apreendidas. Como proceder então
para prevenir ou detectar precocemente alterações potencialmente graves na
mama? Este breve artigo pretende esclarecer alguns aspectos importantes
relacionados ao exame clínico da mama e aos principais exames complementares.
O auto-exame é a peça-chave.
Consiste na palpação circular, metódica e sequencial de todos os quadrantes e
do complexo areólo-papilar, utilizando a polpa dos dedos. O objetivo é detectar
nódulos, massas, depressões, retrações e aderências. Preferencialmente, o exame
deve ser realizado entre o sétimo e o décimo dia do ciclo menstrual. Na
presença de qualquer alteração, procure seu médico. O exame clínico do médico
consistirá em 4 passos: inspeção estática (o médico simplesmente observa a mama
em repouso em algumas posições), inspeção dinâmica (a paciente realiza alguns
movimentos enquanto o médico procura detectar visualmente alterações como
nódulos ou retrações), palpação (como no auto-exame) e expressão (a mama é
“ordenhada”; fluxos mamilares claros ou hemorrágicos sugerem a possibilidade de
câncer e a necessidade de realizar exames adicionais).
Nem todo fluxo mamilar
significa câncer – doenças benignas, como o Papiloma Intraductal, podem
produzir fluxos hemorrágicos. A avaliação médica é imprescindível em todos os
casos. Nos casos suspeitos ou naqueles com antecedentes pessoais/familiares de
doenças graves da mama, o médico solicitará alguns exames para auxiliar no
diagnóstico. Os principais são: tomografia, ultrassonografia, punção aspirativa
com agulha para citologia, biópsia e mamografia.
Continua...
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