A equipe do técnico Luiz
Felipe Scolari ficou mesmo só no empate com o México, garantido na Copa, numa repescagem da Concacaf. Agora, o Brasil terá de vencer Camarões
em Brasília para não correr riscos na primeira fase. O primeiro tempo foi
equilibrado, com vantagem nas chances de gol para a Seleção, que obrigou o
goleiro Ochoa a operar duas grandes defesas. Taticamente, entretanto, o México
foi superior na primeira etapa, dentro de sua proposta. Os alas Aguilar e Layun
tornaram-se laterais. Raramente foram ao ataque. Assim, formou-se uma linha de
cinco jogadores adiante de Ochoa, postada para roubar a bola e buscar o
contragolpe com Peralta e Giovanni dos Santos. Guardado, sempre ele, pela esquerda,
armou o México.
Do lado brasileiro, Ramires
ajudou Daniel Alves na marcação pelo lado direito, mas foi opaco no ataque.
Ficaram Oscar e Neymar com as tarefas de levar o time ao ataque, já que Daniel
Alves e Marcelo encontravam a passagem pelos lados trancada. Paulinho e Fred,
com participação pequena na partida, ajudavam a deixar o Brasil dependente de
Oscar e, especialmente, de Neymar. Foram oito chutes do Brasil contra cinco do
México, no primeiro tempo. A oportunidade mais clara dos mexicanos aconteceu
aos 40 minutos. Herrera arriscou de fora da área, expediente muito usado pela
equipe do técnico Miguel Herrera, e a bola passou raspando a trave esquerda de
Julio César.
A Seleção quase abriu o
placar com um cabeceio perfeito de Neymar, que encontrou uma defesa ainda mais
espetacular do goleiro Ochoa. Ele saltou no cantinho e espalmou sobre a linha,
lembrando Gordon Banks na Copa de 1970. Depois, aos 43 minutos, novamente o
goleiro mexicano salva, fechando o ângulo e evitando o gol de Paulinho. No
intervalo, Felipão tirou Ramires e colocou Bernard para ser ponteiro. O começo
da segunda etapa foi ruim para a Seleção. O México retornou superior, com apoio
expressivo de milhares de torcedores no Castelão, se defendendo bem e atacando.
Em 15 minutos já tinha três chutes, dois deles muito perigosos, de fora da
área. Enquanto isso, o Brasil parecia sem ímpeto, sem encontrar soluções, com
os lados do campo fechados e Fred sumido em campo como poucas vezes se viu um
camisa 9. A bola batia nele e voltava. Aos 17, de falta, Neymar consegue o
primeiro chute do Brasil no segundo tempo. Aos 21 minutos, Felipão tira Fred e
coloca Jô. Aos 23, Neymar mata no peito e arremata, mas Ochoa brilha pela
terceira vez. A alteração melhorou o Brasil, que passou a pressionar. Cansado,
Peralta saiu para entrar Chicharito Hernández. O jogo foi ficando dramático. Jô
teve chance aos 29 minutos, após passe de Bernard, mas chutou torto, já dentro
da área. No finzinho, Júlio Cesar salvou a lavoura brasileira aos 46 da etapa
final.
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