Os policiais militares e
bombeiros do estado encerraram a greve no estado após 50 horas de terror pelas
ruas da Região Metropolitana do Recife. Assaltos em série contra lojas,
motoristas, transeuntes, prisões e boatos sobre linchamento e até estupro
dentro de universidades, a categoria resolveu voltar às atividades com o
compromisso do governo de atender uma série de reinvindicações. Um grupo
pequeno ainda ficou insatisfeito com a decisão. "Existem vários ganhos
para a categoria e não vemos mais razão para continuar a greve. O Recife parou.
Ficou igual a feriado. Cidade deserta. Comércio fechando as portas mais cedo.
Além disso, conseguimos parte do que queríamos e vamos continuar lutando pelo
restante", explicou o soldado Joel Maurício, um dos líderes do movimento.
A categoria resolveu retomar o trabalho depois de uma negociação com os
deputados estaduais Daniel Coelho, Terezinha Nunes, Adalberto Feitosa, Sérgio
Leite e Odacy Amorim, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. No encontro,
foram anunciados os benefícios oferecidos pelo Governo de Pernambuco para o fim
da greve. O Tribunal de Justiça de Pernambuco também considerou a paralisação
ilegal e seria cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia, caso a categoria não
retomasse as atividades.
A cada cinco anos, os praças
deverão ser promovidos como parte integrante do Plano de Cargos e Carreira. O
Comando Geral da Polícia Militar também designou a revisão no Código
Disciplinar. A medida pode acabar com as detenções por comportamento dos
militares. Sobre a melhoria na infraestrutura do Hospital da Polícia Militar,
foi anunciada reforma na unidade e ampliação da rede de atendimentos com a
construção de centros médicos no interior. Sobre o rejuste salarial, o aumento
de 14,55%, que já estava garantido por negociação anterior, a ser recebido em
junho foi mantido. O risco de vida, que é creditado como gratificação, deverá
ser incorporado ao soldo, o que levará o benefício para os inativos. A comissão
de representantes da Polícia Militar ainda ressaltou que, na primeira semana do
próximo ano, a categoria voltará às ruas para cobrar o aumento de 50% para
soldados e 30% para oficiais, que não foi possível ser barganhado neste ano por
ser período eleitoral.
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