O pré-candidato ao Senado
pela oposição, Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, garantiu que
renunciar à vaga de candidato ao governo da Bahia para priorizar a união das
oposições “foi um processo maduro e sereno” e com apoio de pessoas influentes.
“Ouvi algumas figuras extremamente importantes, entre as quais o meu pai, que
no auge dos seus 85 anos ainda continua me dando lições de seriedade,
perseverança, fé no futuro e crença na natureza humana. Eu tomei a decisão que
tinha que tomar e estou feliz”, explicou em entrevista à rádio Tudo FM, na
manhã desta sexta-feira. Sobre a escolha do jornalista Joaci Góes para compor a
vice e completar o quadro do PSDB na majoritária, Geddel confirmou ter sido uma
indicação sua, já que a oposição teria oferecido ao PMDB a prerrogativa de
indicar o vice na chapa. “Eu pensei, se eu trouxer outro nome do PMDB vai ser
um processo excludente. Vai ficar parecendo que é uma coisa de um projeto que
não é amplo. Aí eu pensei, pensei, pensei e lembrei que recentemente, em uma
palestra na Fundação Ulisses Guimarães, o Joaci fez uma palestra sobre educação
que me emocionou profundamente e, assim como ele, eu sou daqueles que acham que
é importante distribuir bolsa família e renda aos mais pobres, mas tão
importante quanto isso é distribuir educação. Porque o país precisa de um
projeto de educação e a Bahia vai muito mal nos indicadores de educação e
qualidade de ensino e, além disso, Joaci foi deputado constituinte combativo,
um homem de cultura, da Academia Bahiana de Letras, relator do Código de Defesa
do Consumidor, que até hoje é tão útil para todos os cidadãos. Então liguei
para Joaci e perguntei se ele queria ser meu parceiro, já que o PMDB tinha essa
prerrogativa, e pedi que ele me desse uma resposta no outro dia, às oito horas.
No outro dia eu liguei e ele topou”.
Geddel negou que tenha feito
exigências ao prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), como a indicação de Leur
Lomanto (PMDB)no secretariado municipal. Segundo ele, a lembrança partiu do
prefeito, após ver o nome de Leur ser citado nos veículos de comunicação. “Não
teve negociação, foi um gesto muito mais do prefeito do que uma cobrança do
PMDB, que seria legítima. Não houve ‘pacotão’. E, se o prefeito fizer esse
convite ao Leur, com certeza ele dará uma grande contribuição à cidade”,
garantiu. O peemedebista disse ainda que abriu mão de sair candidato ao palácio
de Ondina porque percebeu que não era a hora. “Se tiver escrito nas estrelas um
dia eu vou [ser governador]. Abrimos mão mais uma vez da vice-governadoria, indicamos
Joaci e estamos felizes. (…) O meu coração aponta que é importante solidificar
a unidade das oposições, mostrar que ACM Neto está fazendo uma bela
administração em Salvador e que a gente pode fazer isso na Bahia e devolver às
pessoas as expectativas de que a gente pode avançar”, concluiu.
Politica Livre.
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