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segunda-feira, 24 de março de 2014

Ativistas promovem maratona no Congresso por bicicletas mais baratas


A melhoria das condições de vida do brasileiro e a redução de impostos para aquisição de veículos promoveram, ao longo da última década, uma explosão do consumo. Apenas no Distrito Federal, há atualmente 1.508.546 automóveis cadastrados pelo Departamento de Trânsito. Com isso, a mobilidade nas cidades tornou-se um desafio difícil de equacionar. É nesse cenário que os meios alternativos ganham força, em especial a bicicleta. Mas como incentivar o uso, quando a tributação desse equipamento é de 72% contra 32% dos carros? Na tentativa de equilibrar essa conta, entidades de ciclistas fazem pressão pela aprovação de duas medidas provisórias (MPs) que preveem a redução dos impostos e podem tornar a bike mais acessível aos brasileiros.
“Dados do IBGE mostram que 30% das pessoas que usam bicicletas no país têm renda de até R$ 600, ou seja, o preço pesa muito”, esclarece Daniel Guth, consultor da Associação de Ciclistas Urbanos da Cidade de São Paulo. Guth e representantes de diversas organizações, como a Bicicleta para Todos, a União de Ciclistas do Brasil e a brasiliense Rodas da Paz, estiveram esta semana no Congresso Nacional em uma mobilização pela aprovação das MPs 628/2014 e 638/2014. Hoje, do total de bicicletas vendidas no Brasil, 50% são usadas ao transporte, 37% vão para crianças, 17% destinadas ao lazer e 1% para corrida.
Integrante da Rodas da Paz, Pérsio Marco Antônio Davison acompanha de perto a tramitação das medidas provisórias e acredita que esse será o primeiro passo para promover mudanças mais profundas no cenário da bike no país. “As vias públicas não dão conta da demanda de tráfego e nem se dispõe dos espaços urbanos e recursos financeiros que crescentemente são demandados. E deve ser levado em conta o impacto e custos dos congestionamentos e da poluição”, analisa.

Correio brasiliense

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