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segunda-feira, 17 de março de 2014

Após 15 anos de controle, mais de 300 casos de sarampo registrados no país.


Desde o registro de um caso de sarampo em março de 2013 em Pernambuco, são mais de 300 ocorrências semelhantes confirmadas até o mês passado. Há quase 15 anos, o país não registrava a transmissão da doença infectocontagiosa dentro do território nacional — todos os episódios nesse período foram de contágio no exterior. Desta vez, o vírus também é importado, mas se alastra rapidamente entre a população mais vulnerável e ainda sem vacina: as crianças. Aproximadamente 75% dos infectados têm menos de cinco anos de idade e metade é composta por bebês que não completaram 1 ano de vida. Um morreu, mas, segundo os médicos, a condição foi agravada por uma desnutrição anterior que debilitou o sistema de defesa.

A retomada do sarampo fez com que o Ministério da Saúde (MS) promovesse novas campanhas concentradas na vacinação em massa de meninos e meninas expostos ao vírus. Além disso, a idade para a primeira dose foi reduzida para seis meses. De acordo com o calendário de vacinação nacional, uma primeira dose deve ser ministrada aos 12 meses de vida. A segunda, de reforço, três meses depois. “As pessoas esqueceram, mas o sarampo não é uma doença tranquila. Tem complicações especialmente em crianças com doenças de base, com problemas de imunidade, muito novas ou mesmo em indivíduos mais velhos”, adverte o pediatra Marco Aurélio Palazzo Safadi, membro do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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