Desde o registro de um caso
de sarampo em março de 2013 em Pernambuco, são mais de 300 ocorrências
semelhantes confirmadas até o mês passado. Há quase 15 anos, o país não
registrava a transmissão da doença infectocontagiosa dentro do território
nacional — todos os episódios nesse período foram de contágio no exterior.
Desta vez, o vírus também é importado, mas se alastra rapidamente entre a
população mais vulnerável e ainda sem vacina: as crianças. Aproximadamente 75%
dos infectados têm menos de cinco anos de idade e metade é composta por bebês
que não completaram 1 ano de vida. Um morreu, mas, segundo os médicos, a
condição foi agravada por uma desnutrição anterior que debilitou o sistema de
defesa.
A retomada do sarampo fez
com que o Ministério da Saúde (MS) promovesse novas campanhas concentradas na
vacinação em massa de meninos e meninas expostos ao vírus. Além disso, a idade
para a primeira dose foi reduzida para seis meses. De acordo com o calendário
de vacinação nacional, uma primeira dose deve ser ministrada aos 12 meses de
vida. A segunda, de reforço, três meses depois. “As pessoas esqueceram, mas o
sarampo não é uma doença tranquila. Tem complicações especialmente em crianças
com doenças de base, com problemas de imunidade, muito novas ou mesmo em indivíduos
mais velhos”, adverte o pediatra Marco Aurélio Palazzo Safadi, membro do
Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP).
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