Com discurso centrado na
defesa da redução da maioridade penal e de medidas duras contra a
criminalidade, senador da base governista acusa o PT de ter aparelhado o país e
diz que é hora de rodízio no poder. O jogo combinado é que o PR, partido com 37
deputados federais e quatro senadores, estará na coligação partidária que
tentará reeleger Dilma Rousseff. Mas o senador Magno Malta (PR-ES) promete
fazer o que estiver ao seu alcance para estar na cédula eleitoral que os
brasileiros encontrarão nas urnas de outubro. Como candidato, que fique claro,
a presidente da República.
Foi com esse propósito que
ele subiu à tribuna do Senado no último dia 18 e lançou sua pré-candidatura.
Cantor gospel, que se notabilizou por presidir as CPIs do Narcotráfico e da
Pedofilia, Magno, 56 anos, escora seu projeto na base evangélica que contribuiu
para suas sucessivas vitórias eleitoral. Antes de ir para o Senado, onde está
no segundo mandato, foi vereador e deputado estadual e federal. Promete voar
longe se deixarem ele se candidatar, convicção que extrai do crescente apoio
que suas teses na área da segurança pública – consideradas autoritárias e
conservadoras pelos ativistas dos direitos humanos – recebem de uma população a
cada dia mais assustada com a violência urbana.
A principal delas é a
redução da maioridade penal, bandeira que o senador defende com ardor onde quer
que esteja de eventos religiosos a programas populares do rádio e da TV. Em sua
opinião, quando se tratar de crime “de natureza hedionda”, não deve haver idade
mínima para alguém pagar pelo que fez. “Está mamando no peito da mãe, tem 30
dias. Pulou, pegou a escopeta, cometeu crime, perdeu”, disse ele ao Congresso
em Foco usando deliberadamente o que chamou de “caricatura”.
Poder & Política
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