O procurador do Ministério
Público do Trabalho (MPT), Sebastião Caixeta, reiterou hoje (10), logo após
ouvir depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez, que há ilegalidades na
contratação dos profissionais do Programa Mais Médicos, independentemente da nacionalidade
deles. Ramona, que abandonou o programa, apresentou ao procurador o contrato de
trabalho assinado entre ela e o governo cubano. Chamaram a atenção de Caixeta,
relator do inquérito, cláusulas do contrato que exigem que os cubanos do
programa não se relacionem afetivamente com pessoas de outras nacionalidades e
que exigem dos cubanos confidencialidade sobre a atuação no programa. Durante o
depoimento, que durou cerca de uma hora, Ramona também disse que há um assessor
cubano na capital paraense, estado onde trabalhava, a quem os profissionais da
ilha deveriam pedir autorização para sair do município. O contrato também
especifica os valores a serem recebidos pelos cubanos. U$ 400 seriam
convertidos e pagos mensalmente aos médicos, e U$ 600 seriam depositados em uma
conta em Cuba. Destes U$ 600, a família teria acesso mensalmente a U$ 50, e o
restante só poderia ser recebido ao fim do programa.
Agencia Brasil
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