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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Força promove ato contra lei do protesto


Mais de 80 dirigentes cantaram “Eu te amo, meu Brasil”, música considerada o “hino da Ditadura” Mais de 80 dirigentes da Força Sindical realizou nesta quarta, no Congresso Nacional, em Brasília, um protesto contra o projeto de lei que pretende “regulamentar” as manifestações de rua em todo o País.
No ato, os manifestantes da entidade cantaram a música “Eu te amo, meu Brasil”, do grupo Os Incríveis. Por muitos anos, a canção era tida como uma espécie de hino do Regime Militar no Brasil, o que sempre foi negado por integrantes da banda. “Era uma sátira bem humorada da Força sobre a questão da lei antimanifestação. A ideia foi mostrar que a possível aprovação de uma lei como essa seria um retrocesso no tempo. Seria voltar ao tempo da Ditadura Militar”, disse Miguel Torres.
O Governo ainda vai enviar o projeto de lei à Câmara Federal ou para o Senado. A ideia seria proibir o uso de máscara, além de dar regras específicas para o protesto na rua (como avisar previamente a manifestação a um órgão do governo). Comenta-se que haveria regras até mesmo para policiais nos atos. Torres desconfia da intenção do governo em criar regras para as manifestações e diz que a proposta, caso seja aprovada, vai  na contramão da liberdade de protesto    garantido pela Constituição Federal, de 1988 .
“Estamos preocupados com este projeto do governo, que tem como objetivo inibir as livres manifestações e criminalizar os movimentos sociais. Este projeto é um AI-5 versão 2”, disse Torres. Um dos defensores da proposta do governo é o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB). Horas depois da manifestação, o próprio peemedebista, recepcionou a delegação da Força Sindical e ouviu as ponderações da entidade sobre o tema. O mesmo assunto foi tratado também com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Presente no ato, Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal e presidente do Solidariedade considera a medida um absurdo, pois vai acabar com o direito as manifestações. “A intenção é sensibilizar os parlamentares e a sociedade de que a medida vai contra o modelo de democracia adotado no Brasil”, disse Paulinho. Os sindicalistas da Força aproveitaram a visita ao Congresso e pediram celeridade na votação de projetos de interesse dos trabalhadores.

ASCOM Força Sindical

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