Mais de 80 dirigentes
cantaram “Eu te amo, meu Brasil”, música considerada o “hino da Ditadura” Mais
de 80 dirigentes da Força Sindical realizou nesta quarta, no Congresso
Nacional, em Brasília, um protesto contra o projeto de lei que pretende
“regulamentar” as manifestações de rua em todo o País.
No ato, os manifestantes da
entidade cantaram a música “Eu te amo, meu Brasil”, do grupo Os Incríveis. Por
muitos anos, a canção era tida como uma espécie de hino do Regime Militar no
Brasil, o que sempre foi negado por integrantes da banda. “Era uma sátira bem
humorada da Força sobre a questão da lei antimanifestação. A ideia foi mostrar
que a possível aprovação de uma lei como essa seria um retrocesso no tempo.
Seria voltar ao tempo da Ditadura Militar”, disse Miguel Torres.
O Governo ainda vai enviar o
projeto de lei à Câmara Federal ou para o Senado. A ideia seria proibir o uso
de máscara, além de dar regras específicas para o protesto na rua (como avisar
previamente a manifestação a um órgão do governo). Comenta-se que haveria
regras até mesmo para policiais nos atos. Torres desconfia da intenção do
governo em criar regras para as manifestações e diz que a proposta, caso seja
aprovada, vai na contramão da liberdade
de protesto garantido pela
Constituição Federal, de 1988 .
“Estamos preocupados com
este projeto do governo, que tem como objetivo inibir as livres manifestações e
criminalizar os movimentos sociais. Este projeto é um AI-5 versão 2”, disse
Torres. Um dos defensores da proposta do governo é o presidente da Câmara,
Henrique Alves (PMDB). Horas depois da manifestação, o próprio peemedebista,
recepcionou a delegação da Força Sindical e ouviu as ponderações da entidade
sobre o tema. O mesmo assunto foi tratado também com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB).
Presente no ato, Paulo
Pereira da Silva, Paulinho da Força, deputado federal e presidente do
Solidariedade considera a medida um absurdo, pois vai acabar com o direito as
manifestações. “A intenção é sensibilizar os parlamentares e a sociedade de que
a medida vai contra o modelo de democracia adotado no Brasil”, disse Paulinho. Os
sindicalistas da Força aproveitaram a visita ao Congresso e pediram celeridade
na votação de projetos de interesse dos trabalhadores.
ASCOM Força Sindical
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