Com crescimento das despesas
com benefícios, como o seguro-desemprego, de um lado, e queda nas receitas, de
outro, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tem projetado para este ano um
déficit de R$ 13,685 bilhões — alta de 32,03% em relação ao resultado negativo
registrado no ano passado, de R$ 10,365 bilhões, que já havia sido recorde.
Para cobrir o rombo, a partir do segundo semestre, o Fundo pode ser obrigado a
pedir de volta parte dos recursos repassados ao BNDES, destinados a financiar
projetos de infraestrutura no país, que integram o patrimônio do FAT. De acordo
com dados do boletim financeiro, repassados aos membros do conselho
deliberativo do FAT, aos quais O GLOBO teve acesso, o Tesouro Nacional só se
compromete a aportar R$ 86,7 milhões em recursos para cobrir o déficit. Como o
FAT já queimou as reservas excedentes (aplicações financeiras), a saída é
recorrer ao patrimônio.
Não temos alternativa, ou o
Tesouro aporta ou teremos que pedir ao BNDES para começar a devolver o dinheiro
— afirmou uma fonte com acesso a esses números.
Anualmente, o FAT destina
40% das suas receitas ao BNDES, conforme determina a Constituição, para
financiar projetos na área de infraestrutura. De acordo com o último boletim
financeiro do Fundo, 70% do patrimônio de R$ 209,6 bilhões estão aplicados no
banco de fomento, para estimular iniciativas de infraestrutura no Brasil. As
despesas com seguro-desemprego e abono. Não adianta. Tem que atacar as causas
do problema — disse o sindicalista, que é membro do Codefat.
ASCOM Força Sindical
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