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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Déficit no Fundo de Amparo ao Trabalhador deve subir para R$ 13,6 bi neste ano


Com crescimento das despesas com benefícios, como o seguro-desemprego, de um lado, e queda nas receitas, de outro, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tem projetado para este ano um déficit de R$ 13,685 bilhões — alta de 32,03% em relação ao resultado negativo registrado no ano passado, de R$ 10,365 bilhões, que já havia sido recorde. Para cobrir o rombo, a partir do segundo semestre, o Fundo pode ser obrigado a pedir de volta parte dos recursos repassados ao BNDES, destinados a financiar projetos de infraestrutura no país, que integram o patrimônio do FAT. De acordo com dados do boletim financeiro, repassados aos membros do conselho deliberativo do FAT, aos quais O GLOBO teve acesso, o Tesouro Nacional só se compromete a aportar R$ 86,7 milhões em recursos para cobrir o déficit. Como o FAT já queimou as reservas excedentes (aplicações financeiras), a saída é recorrer ao patrimônio.
Não temos alternativa, ou o Tesouro aporta ou teremos que pedir ao BNDES para começar a devolver o dinheiro — afirmou uma fonte com acesso a esses números.
Anualmente, o FAT destina 40% das suas receitas ao BNDES, conforme determina a Constituição, para financiar projetos na área de infraestrutura. De acordo com o último boletim financeiro do Fundo, 70% do patrimônio de R$ 209,6 bilhões estão aplicados no banco de fomento, para estimular iniciativas de infraestrutura no Brasil. As despesas com seguro-desemprego e abono. Não adianta. Tem que atacar as causas do problema — disse o sindicalista, que é membro do Codefat.

ASCOM Força Sindical 

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