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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Congresso em ritmo de carnaval


Expectativa entre líderes na Câmara e no Senado é que votações mais polêmicas fiquem para a semana após a festa popular. Temas como Marco Civil da Internet e lei antiterrorismo devem entrar em votação em março. No cenário de pauta trancada na Câmara e indefinida no Senado, os parlamentares devem aproveitar os dias anteriores ao carnaval para antecipar suas viagens às bases e deixar os temas mais polêmicos para março. Enquanto os deputados pretendem encerrar a votação do novo Código de Processo Civil, o Senado vai definir sua pauta somente amanhã (25), em reunião do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os presidentes das comissões permanentes.
Na Câmara, a votação das regras sobre prisão do devedor de pensão alimentícia é o destaque do plenário. A matéria consta de emenda da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) ao projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC – PL 8046/10) e tem o apoio do relator, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). A emenda retoma trechos do projeto original do Senado para o código, que mantém a prisão fechada para o devedor de pensão até o pagamento dos atrasados.
Já o texto-base aprovado pela Câmara em novembro prevê o regime semiaberto para quem não pagar a pensão e for condenado pelo juiz a regularizar a situação. Também consta da emenda a possibilidade de a dívida ser protestada em cartório, o que implicará a inclusão da pessoa nos cadastros de proteção ao crédito. Outra mudança em relação ao código atual é a previsão expressa de que o devedor da pensão terá de ficar separado de outros presos no período em que ficar detido, que varia de um a três meses.
Apesar de encerrar a análise do novo CPC, os deputados não votarão o Marco Civil da Internet. A proposta, que cria uma espécie de constituição para a rede mundial de computadores e tranca a pauta da Câmara desde outubro do ano passado, deve ser apenas debatida em plenário. “O tema que é muito complexo, tem muitas posições pró e contra; e é um texto que, a meu ver, tem que ter um consenso na Casa, pela sua repercussão, pela sua importância. Enquanto não houver esse consenso, nós vamos procurar por ele”, afirmou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Poder & Política



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