Hoje, a Bahia figura entre
os primeiros Estados mais violentos do país. Das dez cidades mais violentas do
país, de quatro a cinco ficam na Bahia. Hoje, comemoramos uma redução de menos
de 10% no número de assassinatos como se isso fosse uma grande vitória. Em
compensação, aumentaram os assaltos a bancos no interior, que são explodidos
por bandidos que fazem refém, não raro, cidades inteiras.
Os roubos de veículos então,
nem se fala. O que não explicam à sociedade é onde está o Serviço de
Inteligência da Polícia que não consegue identificar os criminosos ou acabar
com as quadrilhas mesmo com todo mundo sabendo onde eles estão? É o que sempre
digo: Todo mundo reclama de assaltos em frente ao Hospital Tereza de Lisieux,
nas sinaleiras da Orla da Pituba ou no Parque da Cidade, dos furtos e roubos de
veículos nos estacionamentos do Parque Júlio César, dos roubos noturnos na área
boêmia do Rio Vermelho... Todo mundo sabe, todo mundo vê, menos a polícia de
nosso Estado. Culpa deles? De jeito algum. Tenho convicção de que as
instituições são sérias e que sentem de pés e mãos atados porque querem
trabalhar, mas não sabem como. Não lhes dá um rumo, um norte para seguir. Falta
uma decisão de governo! Falta uma política pública que nos traga de volta a
segurança que, pelo menos, achávamos que tínhamos...
Queremos ver de volta as
duplas de Cosme e Damião circulando pelos bairros e no estorno das escolas; nas
áreas movimentadas da boemia, no Centro Histórico, nas praias, em todos os
bairros de todas as cidades, na capital e no interior. Queremos uma polícia
presente e de volta aquela velha sensação de segurança. Porque hoje não temos
nem isso!
Heraldo Rocha é médico,
ex-deputado estadual, vice-presidente estadual e presidente municipal do
Partido Democratas de Salvador.
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