A cena causa repulsa,
indignação.
Ao simplesmente tocar na
bola, o volante Tinga, do Cruzeiro, escutava das arquibancadas a mudança no
comportamento da torcida.
Em vez de gritos de
incentivo e músicas sobre o clube local, escutava-se um som emulando um macaco.
Sem a bola dominada por
Tinga, negro e campeoníssimo no futebol, os gritos mudavam rapidamente,
voltando ao “alento” tradicional.
Isso ocorreu no Peru, pela
Taça Libertadores da América.
Infelizmente, não é um caso
isolado. A cena racista – um caso de polícia – já foi repetida inclusive em
estádios no Brasil.
No dia seguinte ao episódio,
a CBF lançou a campanha “Somos Iguais”. Semelhante ao Respect, adotado pela
Uefa.
Somos iguais sim, desde
sempre, por mais que a história tenha trilhado um caminho perverso até um
século atrás.
No futebol, no entanto,
ainda falta algo mais prático para dar fim a isso.
Os episódios se repetem, a
indignação toma conta, levanta o debate mais uma vez e, quase sempre, fica por
isso mesmo.
Como na sociedade, falta a
punição ao racismo. Perda de mando de campo? Perda de pontos na classificação?
Suspensão? Multa? Quem sabe até, todas as respostas anteriores.
E pensar que o futebol
deveria ter o fair play como ponto de partida…
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