Chegou ao fim à disputa de poder pelo controle do PDT
da Bahia após a vitória da ala ligada ao deputado federal Félix Mendonça Jr.
sobre o grupo liderado pelo presidente da Assembléia, Marcelo Nilo. Em uma
reunião tensa e realizada a portas fechadas na quinta-feira, coube ao
presidente nacional da legenda, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, a
decisão de substituir o atual comandante da sigla na Bahia, Alexandre Brust,
por Félix Jr., que toma posse até a terça-feira. No encontro, ficou decidido
que a decisão sobre os rumos do partido em 2014 serão tomados em conjunto entre
Lupi e a cúpula pedetista na Bahia. Contudo, a tendência é que o PDT continue
na base aliada ao PT nas eleições do ano que vem. Para ganhar o comando do PDT,
Félix Jr. contou, além do aval de Carlos Lupi, com o apoio do
colega de bancada em Brasília, o deputado federal Oziel Aragão, do
deputado estadual João Bonfim e do secretário de Ciência e Tecnologia do
governo Jaques Wagner, Paulo Câmera, que está de malas fechadas para deixar o governo.
Ao lado de Marcelo Nilo, que queria manter Alexandre Brust no cargo, ficaram o
deputado estadual Roberto Carlos e o secretário de Administração Penitenciária,
Nestor Duarte. Apesar de derrota, Marcelo Nilo pode ganhar mais do que perder
com a ascensão de Félix Jr.. Aliados do novo presidente do PDT garantem que ele
vai brigar para que Nilo ganhe destaque na chapa petista. O alvo é a vaga de
vice do chefe da Casa Civil de Jaques Wagner, o petista Rui Costa, cuja
candidatura foi confirmada ontem. Além de amigo de Rui, Félix tem a seu favor o
fato de não possuir cargos no governo, o que lhe dá independência para
negociar, ao contrário de Alexandre Brust, que dirige a Companhia Baiana de
Pesquisas Minerais (CBPM).
Poder & Política
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