No grupo mais próximo do prefeito, o assunto
deixou de ser abordado publicamente desde que ele passou a reagir com firmeza a
qualquer especulação de que poderia ser candidato. A mesma percepção se espalha
entre os partidos e os pré-candidatos de oposição que orbitam em torno do
prefeito. Pelo mesmo motivo, já há algum tempo a
possibilidade de Neto assumir a candidatura deixou de ser um assunto entre
eles.
O fato de fontes do DEM terem dado em off à
imprensa de Brasília, na semana passada, a informação de que Paulo Souto será
candidato pelo partido, mas só vai anunciar a decisão publicamente depois do
Carnaval, teria praticamente consolidado a idéia de que ACM Neto está
definitivamente fora do páreo, gerando projeções para a formação de uma chapa
liderada pelo ex-governador que teria como vice o atual candidato do PSDB, João
Gualberto, e como nome ao Senado o peemedebista Geddel Vieira Lima.
Dos três, Geddel é o único que se coloca
frontalmente contrário à tese do prefeito de que o lançamento do candidato
oposicionista pode aguardar, mas, pelo que se tem percebido, foi voto vencido
frente à liderança assumida por Neto sobre todo o grupo. Se a articulação
política do governador Jaques Wagner projeta um cenário em que o prefeito
aparece como candidato, é porque, de fato, o teme como concorrente
eventualmente mais forte para a candidatura governista de Rui Costa.
Pesquisas em poder tanto de ACM Neto quanto
de Rui colocam o prefeito como líder disparado das intenções de voto, seguido
por Paulo Souto. Os três sabem, no entanto, que o aspecto de novidade
representado pelo neto do ex-senador ACM frente a um projeto de continuidade
encabeçado pelo candidato do governador pode ser um elemento a turbinar
favoravelmente e de forma surpreendente a eventual candidatura do prefeito.
Exclusiva do Política Livre
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