Apesar de afirmar que não
é uma “solução” e achar “difícil” que aconteça, o secretário estadual de
Planejamento e pré-candidato do PT ao governo do Estado, José Sérgio Gabrielli,
revelou que a possibilidade de um bate-chapa interno para definir o postulante
do partido ao Palácio de Ondina não está descartada. Membros da legenda
acreditam que seria uma opção, já que o consenso está longe de ser atingido.
Esse foi o fator que levou à possibilidade de novo adiamento do anúncio do
petista escolhido (ver aqui). Em entrevista ao Bahia
Notícias, Gabrielli avaliou que uma prévia poderia causar um desgaste
adicional. “Eu acho que um bate chapa é uma solução que não tem muito sentido
nesse momento. Quem ganhar não ganha. Em um bate-chapa entre um [pré-candidato]
com apoio do governador e outro sem, os dois sairão perdendo. Precisamos de
convergência, esse é o elemento chave”, disse. Ao ser novamente questionado
sobre a prévia interna, o secretário se esquivou, mas não descartou. O titular
da Seplan ainda fez coro à afirmação do presidente do PT baiano, Jonas Paulo,
de que o dia 30 de novembro não é a data limite para a escolha do candidato.
“Acho que até o dia 30 podemos chegar a uma solução do candidato do PT. Mas
essa não é uma data fatal”, resumiu. Jonas Paulo, por sua vez, garantiu que não
existe chance de um bate-chapa.
Gabrielli tem um encontro importante na próxima semana, que pode dar
força à sua candidatura. Durante a inauguração da fábrica de cerveja da
Itaipava em Alagoinhas, no dia 22, ele estará com o ex-presidente Lula, que tem
– no mínimo – “simpatia” pela indicação do ex-presidente da Petrobras para
concorrer à sucessão do governador Jaques Wagner (PT). Lula e Gabrielli devem
conversar também após o evento, já na capital baiana. O secretário confirmou
que a “política” estará na pauta, mas não crê em interferência direta do
ex-presidente no cenário baiano. “Não acredito que ele vai tomar posição
explicita e aberta sobre a sucessão da Bahia. Ele acompanha de perto, mas não
acredito que vai se posicionar de forma contrária ao governador e ao partido” pontuou
o petista, que deixou nas entrelinhas uma "amistosa" divergência
entre Wagner e Lula (veraqui). Sobre um suposto
encontro com o ex-minsitro José Dirceu, neste final de semana, na Bahia,
Gabrielli negou. “Não tem encontro com Dirceu. Não acho que ele vai se meter na
situação que está o quadro político nacional e o processo [do mensalão]”,
afirmou. A entrevista do secretário para o BN foi feita antes da condenação do
ex-ministro à prisão em regime semi-aberto (ver aqui), o que impede o petista
de viajar. “Estou do lado do meu amigo Dirceu, que está sendo injustamente
condenado”, defendeu Gabrielli.
Fonte: Política Livre
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