O presidente nacional do
PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou nesta segunda-feira, 4, que o partido
pretende encabeçar a disputa presidencial de 2018. Para isso, a legenda,
principal aliada do PT no governo federal, adotará a estratégia de disputar os
Executivos estaduais na maior parte do País no ano que vem, inclusive contra
candidatos do atual parceiro.
Minha vontade é lançar candidatos em todos os estados. “Vamos
lançar em pelo menos 18 a 20, para eleger dez. A idéia é preparar um candidato
para 2018”, disse, em discurso durante reunião de peemedebistas na capital
mineira. De acordo com o senador, a "tendência é ser confirmada na
convenção a reedição da aliança Dilma-Michel", mas o acordo não será
imposto aos diretórios estaduais, ao menos no primeiro turno. "Os Estados
têm liberdade total para montar suas chapas e lançarem suas candidaturas.
Próprias ou coligação. Se a vontade do PMDB for de candidatura própria, terá
candidatura própria", disse.
Apesar de o presidente do PMDB afirmar que a tendência é o partido
confirmar na convenção nacional no ano que vem "a reedição da aliança
Dilma-Michel", o senador Roberto Requião (PR), também presente ao evento
desta segunda, defendeu a ruptura da parceria com o PT e o lançamento de
candidatura própria à Presidência já no ano que vem. Para o parlamentar, o PMDB
já teria condição de encabeçar a disputa em 2014, pois a legenda tem "o
vice-presidente (Michel Temer) e os presidentes da Câmara (o potiguar Henrique
Eduardo Alves) e do Senado (o alagoano Renan Calheiros)". "Mas não
nos reunimos para elaborar uma proposta", admitiu.
Requião ainda fez duras críticas aos governos do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff que, segundo ele,
atraíram o "capital vadio" para o País e declarou, também em
discurso, que a aliança com o PT "pode afundar definitivamente a economia
do País". Mas Raupp amenizou as declarações do correligionário alegando
que o "estilo" do colega "é esse mesmo" e que são
"críticas construtivas".
E avaliou que é inviável para o partido encabeçar a disputa
nacional em 2014 pois "não há tempo de preparar uma candidatura própria à
Presidência da República". "Temos que disputar essa eleição em
aliança em 2014 e aí sim preparar um nome, seja de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais ou qualquer outro Estado do Brasil para disputar a Presidência da
República em 2018", concluiu.
Fonte: Poder & Política
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