Um grupo de
trabalho acompanhará a exumação do corpo do ex-presidente da República João
Goulart, prevista para acontecer na próxima quarta-feira (13). Jango, como era
conhecido, morreu durante o período da ditadura militar, em 1976, quando vivia
exilado na Argentina. O procedimento deve apurar a suspeita de que o
ex-presidente tenha sido assassinado por envenenamento, no período em que viveu
no país vizinho, o que contraria a versão oficial de que ele foi vítima de um
ataque cardíaco. Uma das suspeitas que podem legitimar a tese de envenenamento
é que uma cápsula teria sido colocada no frasco de remédios que Jango tomava
regularmente para tratar problemas cardíacos. Os que defendem a versão de
assassinato acreditam que o ex-presidente teria sido executado por agentes da
ditadura uruguaia durante a Operação Condor – aliança entre as ditaduras
militares da América do Sul que perseguiu opositores nos anos 1970 – a
pedido do regime brasileiro. A exumação está prevista para o início da manhã de
quarta, no Cemitério Jardim da Paz, em São Borja (RS), onde o corpo de Jango
foi sepultado há quase 37 anos. Em seguida, os restos mortais vão para
Brasília. No Instituto Nacional de Criminalística, serão realizados os testes e
enviadas amostras a laboratórios internacionais. Os restos mortais retornam ao
Rio Grande do Sul apenas no dia 5 de dezembro.
Informações do
G1.
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