A troca do C pelo Q não é
erro de revisão. O Brasil vive um Programa de Aceleração da Queda (PAQ). Só
quem vê “crescimento” é a mãe coruja, Dilma Rousseff, o pai, Lula, e o
padrinho, Mantega.
O objetivo não é afogar o
leitor em números e porcentagens. Bilhões são um conceito tão remoto para nós
quanto a moda ridícula dos desfiles “fashion”.
Mas alguns valores e siglas
precisam ser exibidos porque, em algum momento, quem pagará o pato é você – ou
alguém duvida que a família do PAQ terá ainda mais fome de arrecadação em ano
eleitoral?
Para cobrir o rombo da saia,
todos os impostos – como o IPTU, para citar apenas um – terão de ser aumentados
acima da inflação. E outros, como a CPMF, serão relançados sob outro nome, para
disfarçar o assalto. Agüentem os próximos parágrafos. Eles justificam os
temores de quem sabe a diferença entre crescimento e queda.
As contas públicas – e isso
engloba União, Estados, municípios e estatais – tiveram um déficit de R$ 9,048
bilhões em setembro. O pior resultado em 12 anos, desde 2001.
O governo diz que é um
resultado “sazonal”, por causa da antecipação do 13º, do aumento do salário
mínimo em 9%, da redução de receitas e da alta dos juros. Mas todo ano tem
setembro e dezembro. Não se inventou ainda o ano de dez meses.
Como explicar o enorme
déficit no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) num país que comemora a queda
no desemprego? Ele deve fechar o ano com menos R$ 7,2 bilhões, o pior resultado
desde que foi criado, em 1990.
Qual será a solução? O
governo exigirá curso de reciclagem a quem quiser sacar o seguro-desemprego.
Toma!
Texto : Ruth de Aquino
colunista da ÉPOCA.
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