O tucano foi o primeiro dirigente partidário procurado pessoalmente por
Paulinho, após a decisão da Corte Eleitoral. Na noite de terça-feira, 24,
apesar das suspeitas de irregularidades na coleta das assinaturas, por um
placar de 4 votos a favor e 3 contra, o TSE aprovou o registro do
Solidariedade.
O encontro dos dois dirigentes foi acompanhado com exclusividade pelo
Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado e durou
cerca de meia hora, no gabinete do senador, em Brasília.
Na saída, os dois trocaram amenidades, se trataram como "velhos
amigos", e ressaltaram a possibilidade de se alinharem nas próximas
eleições gerais de 2014. Atualmente, Aécio é o candidato presidenciável do
PSDB.
"Acho que o Paulinho e eu temos algo em comum, que é a visão de que
esse ciclo de governo do PT em benefício do Brasil precisa ser encerrado",
afirmou Aécio Neves. O senador também ressaltou as afinidades entre o PSDB e a
legenda recém-criada.
"E vejo que existe afinidade, sim. A boa política fala de alianças,
alianças programáticas. É o que vamos construir daqui por diante para o
processo político e democrático. A aprovação do Solidariedade é um ponto
extremamente positivo e a minha expectativa é que possamos construir no futuro
um projeto juntos, a favor do Brasil", reiterou o senador mineiro.
O tucano também comemorou a possibilidade de o Solidariedade tirar
alguns parlamentares de legendas da base aliada do governo Dilma Rousseff.
Entre aqueles que devem perder parte da bancada para o novo partido está o PDT
e o PSD. Ambos os partidos detêm cargos no governo federal.
"Toda a ação do governo até aqui foi no sentido de permitir e
fortalecer partidos que estão nas suas bases de apoio. O Solidariedade talvez
seja a primeira iniciativa exitosa de um partido que não esteja automaticamente
alinhado com o governo federal e isso tem que ser saudado por nós. A disposição
que vejo do Paulinho é de se alinhar com um projeto de alternativa, de
oposição, e ele é bem-vindo", frisou Aécio Neves. Paulinho ressaltou que
se depender dele, o partido será de oposição à presidente Dilma Rousseff nas
eleições 2014. "Tenho hoje grandes divergências com a presidente Dilma
pelo não cumprimento das questões trabalhistas que ela se comprometeu, antes
das eleições, e não cumpriu, abandonou as causas trabalhistas", criticou.
A atuação da nova bancada no Congresso deverá ser, no entanto,
"independente". Integrantes do Solidariedade se reúne no início da
tarde desta quarta em Brasília para acertar o processo de filiação e o
estatuto.
Fonte: Poder & Política
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