O reinicio das atividades na Assembléia Legislativa, após o recesso
parlamentar, está sendo marcado por críticas da oposição. O 2° vice-presidente
da Casa, deputado Sandro Régis, subiu à tribuna na tarde na segunda-feira (5),
e apresentou um verdadeiro raio x da escalada da violência na Bahia.Com base em
dados oficiais, divulgados no site da Secretaria estadual de Segurança Pública
(SSP), o parlamentar destacou dados alarmantes que comprovam a marca de 5.713
assassinatos em 2012, com um crescimento de 23,68% em relação a 2011. De acordo
com Sandro Régis, os números colocam a Bahia no topo do ranking dos estados
mais violentos do Brasil, ficando à frente até de São Paulo, que registrou
4.836 assassinatos, mas que possui 41,9 milhões habitantes, quase três vezes o
número de moradores da Bahia (14 milhões). Estados como Rio de Janeiro (4.041
assassinatos – população de 16,2 milhões) e Minas Gerais (3.829 – população de
19,8 milhões de habitantes) também segue bem atrás. “A Bahia perdeu a guerra
para a criminalidade. O governo Wagner não possui gestão e não têm prioridades,
a única preocupação é cooptar deputados e partidos. Mais de R$ 500 por dia são
gastos com propagandas enganosas, e é por isso que hoje a Bahia é considerada
um dos lugares proporcionalmente mais violentos do mundo”, disparou Régis
Fonte: ASCOM Deputado Sandro Regis
Base Estremecida
Em seu
terceiro ano como Presidente, Dilma
Rousseff assistiu ao esfacelamento do "núcleo duro" de apoio a seu
governo na Câmara dos Deputados, que já foi formado por 17 partidos e hoje abrigam
apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas. O núcleo duro
formado pelos parlamentares que votam com o governo 90% das vezes ou mais era
integrado em 2011 por 306 dos 513 deputados. Ou seja, Dilma podia contabilizar
como aliados fiéis seis em cada dez dos membros da Câmara. Desde então, esse
núcleo vem encolhendo, e atualmente se resume a 101 deputados, segundo revela o
Basômetro, ferramenta online do Estadão Dados que mede a taxa de governismo do
Congresso. Dos nove partidos que abandonaram totalmente a linha de frente
de apoio ao governo, três são de tamanho médio - PR, PSD e PSB. Os demais se
enquadram na categoria dos "nanicos", com bancadas de menos de dez
integrantes (PMN, PTC, PRTB, PSL, PT do B e PRB). O PMDB, principal aliado
do PT em termos numéricos, tem hoje apenas quatro representantes no núcleo duro
- desde o final de 2011, 63 peemedebistas abandonaram o grupo e agora se
concentram na faixa dos que votam com o governo entre 60% e 89% das vezes. No
PP, a debandada foi de 32 deputados para apenas 2. No PDT, de 16 para 2. No PTB
só sobrou um dos 19 fiéis. Com uma base cada vez mais inconsistente, Dilma
tem enfrentado dificuldades crescentes para aprovar projetos. Na tentativa de
agradar à base, acenou com a abertura dos cofres. Na semana passada determinou
a liberação de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares até o final do ano, em
três parcelas. Mesmo assim, há temor de que a estratégia não funcione.
Para evitar eventuais derrotas, o governo quer adiar a votação de temas
polêmicos.
Fonte:
Política & Poder
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