Destino de mais de R$ 500 mil pagos pela
Câmara desde o ano passado, empresa pertence à Parmênio Francisco Coelho Serra.
Conforme os registros oficiais, ele foi funcionário da Casa de fevereiro de
2007 a janeiro de 2013. Uma casa modesta localizada num bairro residencial de
Sobradinho, a 22 km de Brasília, no Distrito Federal, é a sede de um negócio que
faz o maior sucesso entre os deputados. De acordo com dados da Receita Federal,
ali está instalada a locadora de veículos que mais recebe recursos da cota
Parlamentar, depois das companhias aéreas e telefônicas e dos Correios,
benefício a que parlamentares têm direito para cobrir despesas do mandato.
Desde o início do ano passado, a ARL Barros Serviços Executivos Rent a Car
Ltda. já faturou mais de R$ 500 mil com o aluguel de carros apenas para
deputados – valor integralmente ressarcido aos parlamentares pela Câmara.
A figura por trás da empresa atende pelo nome de Parmênio
Francisco Coelho Serra. Casado com Ângela Rosa Lira Barros, que aparece
oficialmente como proprietária da empresa, Parmênio admitiu, em entrevista ao Congresso em Foco, ser dono da locadora. É ele quem negocia os aluguéis
com os gabinetes dos deputados. Um trabalho facilitado por um simples motivo:
além de empresário, ele afirma ser secretário parlamentar na Câmara. De acordo
com os registros oficiais, ele foi funcionário da Casa de fevereiro de 2007 a
janeiro de 2013. Seu último salário, no cargo de confiança, era de R$ 8 mil.
Parmênio,
no entanto, garantiu à reportagem que continua trabalhando na Casa. Só não
revela para qual deputado. “Não interessa. Eu não posso expor meu deputado”,
respondeu, alegando que o parlamentar não tem nada a ver com os seus negócios.
Apesar
de ter 18 veículos em sua frota, a locadora não tem garagem própria. A
reportagem foi até o endereço da empresa, em Sobradinho, e se deparou com a
casa do sogro de Parmênio, onde o empresário também mora. Mesmo com amplo
jardim, os veículos não ficam por ali.
Os
carros que não estão alugados, segundo o empresário, ficam espalhados pela
cidade. Ele diz que os veículos são deixados em estacionamentos de hotéis do
Plano Piloto e na casa de parentes. “Tem carro que fica no hotel, no bloco. A
maioria fica aqui embaixo, no Plano [Piloto]. Tem carro que fica na casa do
motorista. Fica em vários hotéis, depende do hotel em que o cliente está”,
conta.
Fonte:
Congresso em Foco
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