Milhares de trabalhadores
baianos de diversas categorias participaram hoje (24), em Salvador, de uma
grande manifestação contra a reforma da Previdência, que será um dos maiores
retrocessos para a classe trabalhadora e trará inúmeros impactos negativos para
a toda sociedade A caminhada saiu do Campo da Pólvora e percorreu o centro da
cidade até chegar a Praça da Piedade.
As mudanças nas legislações
previdenciária e trabalhista resultarão em prejuízos aos trabalhadores. É um
formato cruel de fazer com que exclusivamente a classe trabalhadora salde a
conta dos erros que nos levaram a esse contexto.
Para Nilson Bahia,
Presidente da Força Sindical Bahia, o movimento de organização dos
trabalhadores de todas as categorias é para chamar a atenção do Governo
Federal. “Nós estamos aqui para, acima de tudo, afirmar que em primeiro lugar
estão os direitos dos trabalhadores. Temos que ser ouvidos e viemos às ruas
para dizer que não aceitamos a reforma da Previdência”, disse Bahia.
A marcha da Força Sindical aconteceu em
conjunto com o lançamento da Campanha Salarial do Sindicato dos Trabalhadores
da Construção Pesada, Sintepav BA, culminando em uma grande mobilização da
classe trabalhadora. Durante o ato, todas as obras de Salvador e região
metropolitana estiveram com as atividades paralisadas.
De acordo com o deputado federal Bebeto
Galvão, que também é presidente do Sintepav BA e diretor da Força Sindical,
estamos num país com instabilidade no emprego e as reformas trabalhista e
previdenciária trarão impacto direto na vida da sociedade. ” Essas reformas não
podem ser feitas sem dialogar com a realidade. Se não fosse a intervenção, a
atuação política do movimento sindical, talvez estivéssemos pior do que nos
encontramos. É necessário buscar outros
caminhos, como o combate à sonegação e a revisão da política de renúncia fiscal
que beneficia instituições filantrópicas”, finalizou Bebeto.
Diante dessas medidas, a Força Sindical e as
demais Centrais Sindicais iniciaram um processo de diálogo social com o
governo, realizando a proposta e aprovação de um documento contendo sugestões
alternativas ao cenário defendido pelo governo Temer em relação ao emprego,
previdência e flexibilização das relações de trabalho.
O documento tem o objetivo
de evitar a redução dos direitos dos trabalhadores. No entanto, para que tenha
força, é necessária a mobilização da classe trabalhadora em todo país, afim de
que se evite os retrocessos e garanta os direitos conquistados historicamente,
que foram resultado de muita luta protagonizada pelo Movimento Sindical.
Fonte: Força Bahia