A aeronave
que caiu no fim da tarde desta segunda-feira (27) e que levava o cantor Gabriel
Diniz não tinha autorização para fazer táxi aéreo.
Segundo
informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave é do
Aeroclube de Alagoas e tinha a autorização apenas para fazer voos de instrução.
A reportagem tentou ligar para os donos do aeroclube, mas não obteve resposta.
O monomotor Piper, modelo PA-28-180, tinha o prefixo
PT-KLO. A aeronave foi fabricada em 1974 e tinha a capacidade para o
transporte de apenas três pessoas. Segundo os bombeiros, a aeronave caiu
na cidade de Estância, próximo à Ponta do Saco, uma área de mangue e de difícil
acesso. O Grupamento Tático Aéreo do estado está atuando para o resgate de três
pessoas.
A Aeronáutica disse em nota nesta segunda que já iniciou
o processo de investigação pelo acidente. A investigação deverá contar com
fotografias, documentos e testemunhos sobre o acidente. A Aeronáutica ressalta
que sua investigação tem como objetivo prevenir novos acidentes do
tipo. Em fevereiro de 2019, o jornalista Ricardo Boechat também
morreu em um acidente aéreo em uma aeronave que não tinha autorização para
fazer táxi aéreo.
Comentando o acidente de Boechat, o engenheiro aeronáutico
Shailon Ian, CEO da consultoria Vinci Aeronautica, disse que o transporte
irregular de passageiros é "um dos maiores problemas enfrentados na
aviação hoje". "Uma empresa de táxi aéreo passa por um processo longo
de certificação na Anac com várias exigências que quem pratica o transporte
clandestino ou pirata não se submete", afirma.
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